A semana foi agitada no Senado Federal, apesar do recesso parlamentar. A alta Casa parece estar se preparando para algum banquete. Para tanto, o órgão comprou 1,2 mil colheres de aço inoxidável por R$ 2,8 mil. O jogo de talheres ficou completo com as 1,2 mil facas e 1,2 mil garfos comprados, todos do mesmo material que as colheres, somando mais R$ 6 mil.
Mas banquetes não são feitos apenas com comida e talheres. Por isso, o Senado adquiriu 100 bules de café ao preço unitário de R$ 55, totalizando R$ 5,5 mil. Outros itens também eram necessários. Dessa forma, foram reservados ainda R$ 155,5 mil.
A quantia serviu para compra de 100 açucareiros (R$ 2,9 mil), 1,8 mil colheres de café (R$ 864), 1,8 mil colheres de chá (R$ 1,3 mil), 200 colheres de madeira (R$ 800), 600 colheres de suco (R$ 888), 2,5 mil copos de cristal (R$ 29,9 mil), 50 leiteiras (R$ 2,1 mil), 300 vasilhas para mantimentos (R$ 10,3mil), dois mil pratos de porcelana (R$ 39,9 mil), três mil xícaras de café (R$ 31,8 mil) e duas mil xícaras de chá (R$ 34,6 mil).
Ficaram faltando apenas as 400 jarras, adquiridas por R$ 25,5 mil, e 1,2 mil porta-copos, que custaram R$ 2,1 mil ao todo. Para fechar as compras da semana, o Senado empenhou R$ 1,2 mil para 50 bandejas e R$ 3,8 mil para 300 garrafas térmicas.
Quem também demonstrou preocupação com a Copa, foi o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Foram adquiridas 600 garrafas térmicas por R$ 7,1 mil. Já o Supremo Tribunal Federal preferiu investir na locação de um veículo blindado. O serviço saiu por R$ 7,2 mil.
Outra Corte, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e Territórios, pagou R$ 7,9 mil para o fornecimento de medalhas para a categoria jurista, a serem usadas na cerimônia de entrega da comenda da medalha do mérito eleitoral do Distrito Federal.
Para terminar o carrinho, nada melhor do que os R$ 31 mil gastos para ressarcir as despesas dentárias do ex-senador Luiz Pontes. Para evitar futuros problemas como esses não se esqueçam da escova de dente e do fio dental. É sempre melhor, e mais barato, prevenir do que remediar.
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.
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