Em João Pessoa, concentração foi na Praça da Independência.
Grupo de Campina Grande se reúne na Praça Clementino Procópio.
Manifestantes foram às ruas das principais cidades da Paraíba nesta quarta-feira (16) para se posicionar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, por mudanças na política econômica e pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O protesto reúne movimentos populares, do campo e da cidade, centrais sindicais e partidos políticos de esquerda. Os organizadores do protesto em João Pessoa estimam que 4 mil pessoas estejam participando do ato. Em Campina Grande, os organizadores também contabilizam 1,5 mil manifestantes. A Polícia Militar divulgou uma estimativa de 2 mil participantes em João Pessoa. Em Campina Grande, são cerca de 600 pessoas caminhando pelas ruas da cidade, também de acordo com a PM.
Na capital, os professores Vinícius Rodrigues e Alessandra de Oliveira levaram as filhas, de um e 10 anos, para acompanhar o protesto.

(Foto: Diogo Almeida/G1)
“Somos a favor da democracia e de um mandado eleito pelo povo. Independente de partido, quem elegeu Dilma foi o povo e ela tem que ficar. Esse golpe institucional que a direita tem tentado fazer é absurdo. É contra os avanços que a democracia conseguiu”, disse Vinícius.
Manifestantes caminham nas ruas centrais da capital paraibana, mas interdições são apenas pontuais e o trânsito é liberado à medida que a caminhada avança.
Campina Grande teve concentração na Praça Clementino Procópio. Às 17h20 (horário local), o grupo saiu em caminhada pelas ruas Floriano Peixoto, Marquês do Herval, Maciel Pinheiro e Venâncio Neiva e terminaram na Praça da Bandeira, onde aconteceu a dispersão por volta das 18h.
“Esse protesto de hoje é em defesa da democracia e contra essa tentativa de golpe que estão tentando aplicar na presidente. Esse motivo para o impeachment que foi escolhido é inconstitucional e não motiva a presidente a perder o mandato. A CUT tem sido contra as políticas econômicas do governo, mas somos a favor da defesa da democracia. Não é porque discordamos da forma como alguém governa um país que vamos querer que essa pessoa saia do governo. O problema é que a oposição em vez de ajudar a superar a crise fica criando formas de piorar, para enfraquecer o governo, em vez de pensar no povo e ajudar o país”, disse o diretor financeiro da CUT, Marcos Henriques.
De acordo com o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, as mobilizações vão tomar as ruas de todo o país e serão um dos maiores atos cívicos que os brasileiros já protagonizaram. “Estamos nas ruas mostrando que o voto deve ser respeitado e que a democracia merece ser defendida em todo momento para que não tenhamos risco de voltar a um tempo escuro e sem direitos”, explicou.