domingo, setembro 21, 2025
spot_imgspot_img
HomePolicialEike Batista tem prisão decretada na Operação Lava Jato

Eike Batista tem prisão decretada na Operação Lava Jato

De acordo com seu advogado, Eike está viajando e vai se entregar às autoridades

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Entre os alvos de mandado de prisão está o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, que não foi encontrado em casa pelos agentes.

Imagens ao vivo exibidas pela TV no início da manhã mostraram policiais e carros da PF na casa de Eike, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o advogado que representa o empresário, Eike está viajando e vai se entregar às autoridades. A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, deflagaram nesta quinta a Operação Eficiência, que é um desdobramento da Operação Calicute, que prendeu o governador Sérgio Cabral em novembro do ano passado. O vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike, também é alvo de prisão preventiva.

Cerca de oitenta policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão. A PF investiga crime de lavagem de dinheiro, que envolve cerca de 100 milhões de dólares no exterior. Parte desse valor já foi repatriado. Também são investigados crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.

 

As investigações miram pagamentos de propina envolvendo o ex-governador Sergio Cabral, que também é alvo de um mandado de prisão preventiva – Cabral já está preso em Bangu desde novembro. Os outros alvos da operação são Sergio Castro, apontado como operador do esquema, Francisco Assis, o doleiro Álvaro Galliez, Thiago Aragão, ex-sócio da esposa de Cabral, e três pessoas ligadas a Cabral que também já estão presas – Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra.

Além deles, o irmão de Cabral, Maurício de Oliveira Cabral Santos e Suzana Neves Cabral, ex-mulher do ex-governador, são alvos de condução coercitiva.

Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação da Operação Calicute e estão sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na fase desta quinta, as informações foram coletadas em dois acordos de colaboração que abordaram os detalhes do esquema de lavagem de dinheiro por trás dos desvios praticados pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Reuters)

Comente usando o Facebook

DESTAQUES
spot_img
spot_img

Popular