Segundo dados do Caged, entre janeiro e maio, foram fechados 243.948 postos com carteira assinada, o pior resultado para este período da série histórica
O Brasil fechou 115.599 vagas formais de trabalho em maio, mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira. Trata-se do pior resultado para o mês desde o início da série histórica do indicador, em 1992. Além disso, é primeira vez em que há corte de vagas no quinto mês do ano. A mediana das expectativas de analistas consultados pela Reuters apontava para o fechamento de 38 mil postos no mês. Em abril, foram fechadas 97.827 vagas no país, segundo dados não ajustados.
Entre janeiro e maio, foram fechados 243.948 postos com carteira assinada, o pior resultado para este período da série histórica disponibilizada pelo Ministério do Trabalho, que começa, para o período acumulado do ano, em 2002. Em 12 meses, o país já fechou 452.835 vagas formais.
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O resultado do último mês foi fundamentalmente impactado pelo fechamento de 60.989 postos na indústria de transformação. Também pesaram o desempenho da construção civil (-29.795), serviços (-32.602) e comércio (-19.351), sendo que dos oito segmentos levantados, apenas a agricultura mostrou saldo positivo (+28.362).
A pior no mercado de trabalho reflete o aumento da procura por emprego em uma ponta e a criação de menos postos em outra, engrossando a fila dos que seguem buscando ocupação.
Os dados foram apresentados em Mato Grosso do Sul pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que justificou a escolha informando que o Estado foi o que mais gerou emprego no mês. Na avaliação de Dias, mesmo com o enfraquecimento em maio, o Brasil tem motivos para esperar uma melhora no quadro de geração de novas vagas a partir do segundo semestre
“Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de 70 bilhões de reais, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil”, informou, em nota.
(Com agência Reuters)