segunda-feira, setembro 1, 2025
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Dólar abre em alta com tarifaço e julgamento de Bolsonaro em foco

O dólar operava em alta nesta segunda-feira (1º/9), no primeiro pregão do mês de setembro e em um dia de feriado nos Estados Unidos, o que deve diminuir a liquidez da sessão. Os investidores voltam suas atenções, assim, ao noticiário doméstico.

O mercado aguarda o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para terça-feira (2/9). Ele será julgado por supostamente ter participado de uma tentativa de golpe de Estado, em 2022.

Os investidores monitoram os potenciais impactos políticos e econômicos de uma possível condenação de Bolsonaro, considerada provável.

Dólar

  • Às 9h15, a moeda norte-americana avançava 0,13% e era negociada a R$ 5,428.
  • Na sessão da última sexta-feira (29/8), o dólar fechou em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,422.
  • Com o resultado, a moeda dos EUA acumulou perdas de 3,19% em agosto e de 12,26% no ano frente ao real.

Ibovespa

  • As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
  • No último pregão da semana passada, o indicador subiu 0,26%, aos 141,2 mil pontos. É a nova máxima histórica de fechamento do índice.
  • Com o resultado, a Bolsa brasileira acumulou ganhos de 6,28% no mês passado e de 17,57% em 2025.

Julgamento de Bolsonaro no STF

A primeira semana de julgamento de Jair Bolsonaro começará com o presidente da Primeira Turma do Supremo, Cristiano Zanin, abrindo a sessão na terça-feira. Na sequência, o relator do processo na Corte, ministro Alexandre de Moraes, lê o relatório, que é uma espécie de resumo do caso.

A expectativa é a de que a leitura do relatório seja breve. Após a apresentação do resumo do caso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para sustentar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a condenação de Bolsonaro e mais sete aliados.

Passada essa etapa, será aberto espaço para as sustentações orais dos advogados dos oito réus. Cada jurista terá até uma hora para defender o seu cliente perante os ministros da Primeira Turma.

É esperado que a primeira semana de julgamento se encerre com as sustentações orais dos advogados, deixando o voto do relator, Alexandre de Moraes, para abrir a sessão do dia 9 de setembro.

Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Tarifaço de Trump

No cenário internacional, o maior destaque continua sendo o tarifaço comercial imposto pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, contra diversos países, entre os quais o Brasil.

Na semana passada, um tribunal de apelações dos EUA decidiu que a maior parte das tarifas impostas por Trump é ilegal, reduzindo a força desse instrumento como um dos pilares de sua política econômica externa. A decisão, por 7 votos a 4, não tem efeito imediato, e as tarifas continuarão em vigor até 14 de outubro, prazo para que o governo norte-americano recorra à Suprema Corte.

O tribunal concluiu que a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), usada como base jurídica por Trump, não autoriza a imposição de tarifas. O texto, de 1977, prevê sanções contra inimigos externos e o congelamento de ativos, mas não menciona tributos ou barreiras comerciais. “Nenhuma das disposições inclui explicitamente o poder de impor tarifas, tributos ou similares, nem o poder de taxar”, diz o tribunal.

O julgamento analisou duas ações: uma movida por cinco pequenas empresas e outra apresentada por 12 estados, que argumentaram que a Constituição concede ao Congresso – e não ao presidente – a competência para criar impostos e tarifas. A decisão não altera tarifas aplicadas com base em outras legislações, como as sobre aço e alumínio, que seguem afetando o Brasil.

Nas redes sociais, nesse domingo (31/8), Trump criticou a decisão da Justiça e disse que, sem o tarifaço, os EUA perderão trilhões de dólares e serão “instantaneamente obliterados”.

“Todas as tarifas ainda estão em vigor! Um tribunal altamente partidário disse incorretamente que nossas tarifas deveriam ser removidas, mas os EUA vencerão no final”, escreveu. Para ele, a eventual derrubada das medidas seria “um desastre total” para o país.

O republicano também defendeu que as tarifas são a “melhor ferramenta” para proteger trabalhadores e empresas norte-americanas contra déficits comerciais e barreiras impostas por países estrangeiros. “Com a ajuda da Suprema Corte, usaremos esses recursos em benefício da nossa nação e tornaremos a América rica, forte e poderosa novamente”, afirmou Trump.

 Metrópoles

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