domingo, setembro 29, 2024
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Políticos dominam participação na plenária do Orçamento Democrático na definição de prioridades para Ingá

A plenária do Orçamento Democrático Estadual em Ingá foi dominada pela participação de políticos e seus seguidores na definição das prioridades a serem levadas à plenária regional que ocorrerá no dia 12 de abril em Itabaiana.

Há algum problema nisso? Não, de forma nenhuma, afinal os políticos são também cidadãos que têm direito a voz e sabem os problemas que afligem cada município e suas reivindicações, no entanto, eles já têm os canais e caminhos  de contatos e de certa forma até privilegiados.

FALTA POVO

A concepção original das plenárias remete a fomentar a participação direta da sociedade civil organizada e dar oportunidade do contato direto da população com o governador ou o seu staff de conselheiros na definição de políticas públicas de interesse regional dentro do orçamento estadual. Na prática o verdadeiro sentido tem sido desvirtuado, uma vez que a população, que em sua grande maioria é despolitizada, não participa. Quem participa são os políticos que levam seus partidários como meros figurantes, principalmente em ano eleitoral.

AS PRIORIDADES REPRESADAS 

A credibilidade do Orçamento Democrático na região de Ingá está em baixa, uma vez que nos últimos quatro anos de plenárias, as prioridades nunca foram de fato atendidas, sendo a principal delas escolhidas nos últimos anos, estradas, continua aguardando todo esse tempo recebendo apenas os paliativos tapa buracos que não duram uma chuvada.

Indagado sobre este problema de falta de execução de fato, os conselheiros trataram como “demandas represadas” e afirmaram que deveriam reivindicar outras demandas de outras áreas. Ora, se a prioridade definida pela população, que nas primeiras plenárias ainda contava com a participação de associações e entidades, está “represada” a tanto tempo, o que garante que novas demandas seriam atendidas?

Ano passado os ingaenses adotaram a estratégia de se mudar as demandas e reinvidicaram em Itabaina equipamentos para a futura UPA e reforma do matadouro munitipal, recebeu a resposta curta e dura do próprio governador quando afirmou que estas demandas que não eram de sua alçada estadual. Portanto, colocar novas demandas não funcionou.

RESULTADOS PÍFIOS

O fato é que a falta de resultados concretos afastou o pouco de “povo real” que participava das plenárias ingaenses. Na ocasião da plenária de hoje foi apresentado como resultado a construção de duas ou três passagens molhadas, alguma perfuração de poço artesiano e o empreender, que convenhamos, além destas ações terem programas próprios, é muito pouco para quatro anos de espera das prioridades do OD.

BOTAR INGÁ NO MAPA

Nada de obra estruturante, ou que mereça realmente algum destaque, o que nos dá o direito a perguntar: O que o Sr. Ricardo Coutinho tem contra Ingá? O problema é político, esquecimento ou má vontade mesmo? Até a obra do Canal de Acauã em seu projeto original cortava o município de Ingá e quando de sua execução passou longe.

Bom, falta de apoio político não é, pois os três principais grupos estão debaixo de sua aba. Então esta hipótese está descartada. Além disso, em seus discursos o governador RC sempre toca na tecla de que quando decide levar uma obra para uma cidade ou região não olha pelo lado meramente político. Então, está na hora de olhar com bons olhos para o Ingá governador. Logicamente sem confundir Ingá com Cajá.

Recentemente o governador RC inaugurou obras de reconstrução de estradas e pavimentação de ruas em Serra Redonda e Massaranduba, entre outras. E mais uma vez, neste sentido, Ingá sumiu do mapa.

Ah tem a obra das Itacoatiaras. Quando terminar a gente agradece e elogia.

Evandro odIMPORTANTE TRABALHO DO CONSELHEIRO EVANDRO

Contudo, não queremos de forma alguma desmerecer o trabalho dos conselheiros em sua peregrinação pelas regiões da Paraíba. Na verdade, é de grande importância e de uma forma ou de outra leva as pessoas a debaterem os problemas e soluções de sua região.

Mesmo com críticas e cobranças, somos favoráveis ao Orçamento Democrático e reconhecemos o bom trabalho do representante ingaense na condição de Conselheiro Regional, Evandro Araújo, que tem se destacado como um batalhador pelas causas da nossa região e como qualquer cidadão tem direito também a suas escolhas políticas partidárias.

NOVAS E ANTIGAS DEMANDAS 

Na plenária desta sexta-feira (01) diversas demandas foram levantadas, tais como: A sempre presente solicitação da instalação da caixa d’água para acabar a falta do líquido nas áreas mais altas da cidade, escola técnica, centro turístico-cultural para jovens, estádio municipal, equipamentos para UPA, casa da cidadania, campus universitário, barragem de Serra Velha, água encanada para zona rural, e obras de saneamento básico, entre outras.

URGENTE: SANEAMENTO BÁSICO E O PROBLEMA DAS VALAS

Na nossa modesta opinião, todas as demandas levantadas são merecedoras de elogios, porém já que a prioridade em estradas está “represada” desde anos anteriores, e diante da situação de epidemia em que vivemos, priorizar saneamento básico seria mais sensato dando ênfase para a busca de solução das três valas de esgotos que cortam nossa zona urbana, que além de exalarem mau cheiro, podem estar servindo de criadouros do mosquito aedes aegipty levando doenças aos adultos e gestantes, e o perigo de comprometer toda uma geração de crianças. Dois casos de microcefalia já foram detectados em Ingá.

A plenária preparatória teve a participação também de secretários do município, Dem e Vavá da Luz
A plenária preparatória teve a participação também de secretários do município, Dem e Vavá da Luz, e do professor Janduí

TRANSPORTE PARA PLENÁRIA 

Ao final dos debates ficou definido que quatro ônibus serão disponibilizados para conduzir “o povo” para a grande plenária regional de Itabaiana dia 12 de abril. Cada político levará sua tropa, lembrando que não se trata de comício.

Tomara que os temas realmente tenham alguma objetividade. Por exemplo, estamos há três anos ouvindo falar no tal projeto da estrada que ligará Itatuba a Aroeiras. E como diria nosso poeta Vavá da Luz, “pulo amor de Deus, tá na hora de tirar isso do papel”. Afinal, já passou da hora da “Força do Trabalho” dê de fato as caras por aqui, nem que seja pela força da pressão da coletividade ou dos próprios políticos.

Inga Cidadao

 

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