sexta-feira, abril 19, 2024
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A Coluna “Evangelizar” está de volta com o tema: “O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO SEPARE”. 27º domingo do Tempo Comum. Leiam!

 “O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO SEPARE

 

         

                27 domingo do Tempo Comum

             

            Vejam que já faz um bom tempo que não faço uma reflexão sobre o evangelho do domingo, mas achei que tinha bons motivos:  o primeiro era que tive que fazer uma cirurgia recente e o outro é que têm tanto subsídios bons a serviço do povo de Deus. E porque resolvi voltar a escrever novamente?. Foi um amigo meu um candidato a diácono  permanente de nossa igreja que me pediu para continuar, pois disse ele que a minha reflexão era mais uma diferente que manisfestava o desejo de que o povo entendesse mais a Palavra de Deus e com uma linguagem mais simples, porém verdadeira. Confesso que me convenceu, por isso volto a fazer esta reflexão.

               Então vamos lá. O Evangelho de hoje nos propõe uma reflexão sobre o casamento cristão e o divórcio no tempo de Jesus. Os fariseus, para tentar Jesus fazem uma pergunta: É permitido o homem repudiar, deixar a sua mulher ou não? É claro que eles achavam que tinham referências bíblicas sobre isso. Era, portanto, em Deuteronômio 24,1 que dizia que se o marido encontrasse qualquer inconveniente na mulher podia dar-lhe carta de divórcio e mandá- la ir embora. Mas mesmo entre os rabinos  ou mesmo os fariseus havia visão diferente. Alguns diziam que o marido tem o direito de fazê-lo só em caso de indelidade, mas outros mais tolerantes achavam que era suficiente que a mulher estivesse aborrecida até no preparo da ceia ou ele encontrasse outra mais atraente já era motivo para dar-lhe carta de divórcio.                      

           Jesus, ao contrário, diz que o que falta é uma interpretação correta das Sagradas Escrituras. Portanto afirma que Moisés consentiu a separação ou divórcio por causa da dureza do coração deles é que Moisés consentiu, mas desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixará o seu pai e sua mãe e  se unirá à sua mulher e os dois  serão uma só carne. Assim já não são dois, mas uma só carne, portanto o que Deus uniu o homem não separe. (Mc 10,5-9). O que Moisés propôs foi estabelecer um limite de proteção à mulher, dando-lhe uma carta de divórcio que permitisse a ela casasse também com outro homem. A tolerância manifestada por Moisés ainda não é a expressão ideal do projeto de Deus. Depois de ter explicado  com precisão o sentido o sentido da norma do Antigo  Testamento, Jesus vai mais além, pois “no princípio” os homens foram criados homem e mulher, não para ser entregues às orgias, aventuras, sensações, mas para que formem casais estáveis, unidos numa única carne pelo amor e pela bênção de Deus. Neste sentido a separação se transforma num atestado destruidor da obra de Deus.

           Com Jesus começa no mundo o Reino de Deus, cumprem-se as profecias, e aos os homens são dados “um coração novo e um novo espírito”, deles é arrancado “o coração de pedra e implantado um coração de carne” (Ez 36,26.). E no adultério a responsabilidade passa a ser dos dois. “Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra cometerá adultério contra a primeira . E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro cometerá  adultério”.(Mc 10,11-12).

             A  primeira leitura complementa a leitura proposta para este domingo. Ela nos sugere refletir como deve ser o convívio conjugal dos esposos. São Paulo a explicita concretamente que vida conjugal requer doação e complementação. Porque são eles uma só carne, portanto, o corpo do homem pertence a mulher e o corpo da mulher  pertence ao marido. O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa, da mesma forma a esposa cumpra o seu dever para com o seu marido. A mulher não pode dispor  o seu corpo, pois pertence ao marido. E da mesma forma o esposo não pode dispor o seu corpo, ele pertence à sua mulher. Não vos recuseis um ao outro (1Cor 7,3-5). Neste sentido ele está explicando o que o autor sagrado, o hagiógrafo como é assim chamado pelos teólogos, fala da leitura do segundo capítulo do Gênese. Quando não se leva em conta este princípio bíblico, o casal corre o risco da solidão a dois e o que constituía uma harmonia tende a um desequilíbrio.

             Quando é que a solidão grassa a vida do casal? Quando na família reina o espírito de domínio ou quando o casal cada um se deixa conduzir por sua própria conta; quando as decisões não são tomadas em comum. Pois, assim sendo, o que reina é o individualismo, o egoísmo e a vida conjugal aparentemente normal se desanda. O amor, a alegria, o prazer de convivência vai se fragilizando e o objetivo, que é viver a dois compartilhando, corpo, alma e espírito vai se enfranquecendo, debilitando o sentido da vida conjugal.

                        Que o Evangelho de hoje e as leituras sejam um tônico rejuvenescedor para superar situações difíceis da conjugal e a caminhada cristã que um dia você fez ou desejou fazer, possa revigorar as suas forças e a vida conjugal possa voltar a ser em você o que plano de Deus lhe propõe sempre para os dois serem felizes!.

                                              

 

                                                           Pe  José Diácono de Macedo

 

 

 

Referências bíblicas:

   1 – Gênesis 2,18-24

   2 – Hebreus 2,9-11

    Evangelho ( Mc 10, 2-16

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