A metamorfose do Deputado Edmilson Soares, que transformou-se de socialista para ecológico repentinamente, não teve nada de pacífico e amigável como tem divulgado a imprensa paraibana. Não foi assim um mar de “Rosas”.
Houve todo um processo de desgaste, disputas e humilhação imposta pelos Ricardistas em algumas cidades paraibanas. Vejam por exemplo o que ocorreu no município de Ingá no agreste paraibano. O PSB de Ingá presidido por José Rodrigues e apoiado pelo Deputado, e a grande maioria dos filiados, desejavam uma coligação na proporcional apoiando o candidato do PSD, Manoel da Lenha, que por sinal é do partido do vice-governador Rômulo Gouvêia, tendo como seu vice, Mendonça do Democratas, partido que participa da chapa de Estela Isabel na capital. Coligação esta perfeitamente possível e bem arquitetada, uma vez que os partidos que a compõem fazem parte da base de apoio a governo do Estado na assembleia e caminharam juntos na última eleição. E assim foi feita a convenção municipal que homologou a coligação do PSB com o PSD e DEM, favoritos para ganhar a eleição no Ingá. Pois bem, mesmo diante de toda esta bem feita arrumação política, o Diretório Estadual do PSB, preferiu que o PSB Ingaense se coligasse com o PP de Daniela Ribeiro, que faz oposição ao governo, e mesmo depois da convenção realizada, baixou determinação assinada pela vice-presidente, Emília Correia Lima, proibindo a coligação, e pasmem, dias depois dissolveu a Comissão Provisória Municipal, aliada do Deputado Edimilson Soares, e a entregou ao grupo adversário formado pelo PP, que tem como líder no município o velho septuagenário Sr. Antonio Burity, que já foi prefeito três vezes e tentará a quarta, caso a impugnação pelo Ministério Público em razão de contas reprovadas não prospere. Essa queda de braço dentro do PSB entre Edmilson Soares, até então Deputado do Partido, e Burity do PP, na qual o Diretório Estadual deu a vitória a Burity, impôs ao Deputado uma derrota humilhante na região de Ingá, sendo a gota dágua, dentre outros descontentamentos, mágoas e ressentimentos com o partido chefiado por Edvaldo Rosas. Portanto, a saída de Edmilson não foi assim um mar de Rosas. Os dirigentes da estadual passaram por cima da vontade da maioria dos filiados, dos candidatos a vereador e principalmente, por cima da vontade do Deputado. Agora vá entender. Melhor virar ecológico e conversar com os passarinhos. Fiu fiu.
vavadaluz/Inga-cidadao
