Após quase três décadas sob o signo da suspeita de ter participado da morte de um dos mais carismáticos homens públicos contemporâneos da Paraíba, o fotógrafo Marcelo Marcos finalmente se libertou, no final da tarde desta sexta-feira, 21, de um estigma que sempre lhe machucou e revoltou a todos os que o conhecem.
Por conta de interesses financeiros inconfessáveis, se perpetuou até esta sexta no âmbito do Judiciário uma pendência sobre a morte do ex-vice-governador e tribuno Raymundo Asfóra, encontrado morto em sua granja – O Uirapurú -, no bairro de Bodocongó, em 1987. Embora tenham prevalecido durante todo esse tempo de indícios de suicídio, a morte de um político que deixou a vida sob o signo da genialidade e mistério não deixou em paz Marcelo Marcos e a viúva Gilvanete.
Por unanimidade, prevaleceu o entendimento dos jurados, após as exposições pouco convincentes do Ministério Público, de que a tese de homicídio não se sustenta. Para um homem simples, sem antecedentes criminais e reconhecidamente inofensivo, como Marcelo Marcos, o peso descomunal da acusação insidiosa saiu de suas costas. Sente-se em paz consigo mesmo agora e olha tranquilamente para os olhos dos familiares, que nunca lhe faltaram em solidariedade e apoio.
Marcos Alfredo
