Em entrevista concedida à Rádio Arapuan FM, o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) comentou sobre o atentado ocorrido em Brasília no dia 13 de novembro de 2024, quando Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, detonou explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), resultando em sua própria morte e levantando suspeitas de terrorismo. Silva defendeu que o caso fosse analisado com cautela e criticou a associação que alguns têm feito entre o ocorrido e o Partido Liberal (PL), ao qual Francisco se filiou em 2020.
“Infelizmente, tivemos esse episódio lamentável, mas é importante destacar que Francisco tinha histórico de problemas de saúde mental, algo grave que precisa ser considerado na investigação”, afirmou Cabo Gilberto, enfatizando que o partido já se manifestou contra qualquer tipo de extremismo. “Esse candidato foi filiado ao PL em 2020, antes mesmo da entrada do presidente Bolsonaro e da minha, em 2021. Não há relação entre o que ele fez e os princípios defendidos pelo partido”, argumentou.
Sobre as repercussões do atentado e sua possível influência no debate sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o deputado ponderou que o incidente não deveria impactar esse processo. Segundo ele, o ocorrido trata-se de um ato isolado de uma pessoa com “problemas mentais”, sem conexões com o contexto político atual. Cabo Gilberto também destacou que, desde os eventos de janeiro, o PL vem se posicionando contra qualquer forma de violência e polarização exacerbada.
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal seguem investigando o caso como um possível ato terrorista, após descobertas de indícios de planejamento prévio e evidências de explosivos adicionais na residência de Francisco em Ceilândia, Distrito Federal. “O que nos resta é acompanhar as investigações para entender a motivação desse ato”, concluiu Cabo Gilberto, afirmando que seu partido e a maioria da população estão atentos às tentativas de politizar o caso.
PB Agora