sábado, dezembro 21, 2024
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Coluna do Pensamento Cristão: Elevo os olhos para os montes, de onde virá o meu socorro?

“Deus, a ti clamo por misericórdia! Clamo das profundezas da dor,

da solidão, da angústia! Livrai-me ó Pai, pelo teu imenso amor!

Não desprezes a obra de tuas mãos!”(Sl 138)

 

Falar de Deus quando tudo está bem, em plena abundância é fácil, mas devemos demonstrar coragem e força, quando as tribulações e dificuldades da vida estiverem conosco lado a lado. A teologia da prosperidade ganha força a cada dia. Adeptos das curas e riquezas conquistadas com facilidade são cativados sem esforço algum visto que, as bênçãos e vitórias são apresentadas às pessoas em momentos de fraqueza ou angústia, elas são geralmente chantageadas para saírem do sufoco. Não sabemos ao certo que tipo de problema o salmista passava quando fez este Salmo, se estava em meio à enfermidade, perda ou batalha. Mas sabemos que na hora do desespero a dor e o medo, o fizeram olhar para cima e clamar, lembrando-se que na mais angustiante pressão, Deus seria seu socorro bem presente. Agarrando-se com afinco na confiança em Deus, ele discorre sobre suas grandezas, seu cuidado e o trato para com o homem.(Sl 121;138)

Jesus quando mostrava o sentido da vida nova e relatava as grandezas produzidas pelo amor de Deus, que é a única fonte universal de vida, e que as pessoas deveriam demonstrar e vivenciar com confiança entregando sua vida, sentia de imediato o desprezo das pessoas. Ele via no coração dos homens apenas a busca desenfreada pelas dádivas recebidas. (João 6.67,68; At. 4.12)

Hoje não é diferente, muitas pessoas que estão abraçando o evangelho dizendo-se cristãs, vivem em busca da teologia da prosperidade, pensando que Jesus tem que dar todos os bens e vida perfeita, para que se possa trabalhar para ele. O comércio no cristianismo, tem sido uma busca constante, os cristãos deixam de adorar a Deus para idolatrar o homem, e com ele tudo o que ele pensa que pode oferecer, a confiança saiu do criador para a criatura.

A loucura da ânsia de prosperar, o medo de perder, a cegueira espiritual em não confiar na providência Divina, acabam fazendo com que as pessoas não se comportem com fundamento na palavra, esquecem-se das promessas dos tempos vividos na presença de Deus e querem cumprir suas vontades ao bel prazer, ridicularizando em parte a igreja. Nos momentos de dor, solidão, sofrimento, ou em seu estado de pecado, o homem necessita urgentemente do amor de Deus, para que preencha o vazio do seu coração.(I Tm 6.9; Mc 4.19)

É nesse momento, que a igreja de Cristo lavada, remida, comprada a preço de sangue a serviço do Rei Jesus, deve chegar junto do necessitado, com intuito de levar a mensagem das boas novas de graça, sem nada oferecer como forma de barganha. A única promessa que deve ser feita ao que clama, é a promessa de uma nova vida em Cristo Jesus, onde ele poderá transformar completamente o clamor por glórias à Deus, o indivíduo passará a vivenciar realmente as promessas do Senhor Jesus. (SL 121; João 3.16) Sabendo que as riquezas espirituais aguardam aquele que confessar Jesus como único Senhor e salvador. (Tg 2.5) Quem quiser receber a promessa de Deus perfeita, deve viver continuamente oferecendo sua vida em sacrifício agradável e perfeito a Deus, para que o socorro, o auxílio, a esperança de livramento venha do Senhor, pois fez céu e terra com suas próprias mãos, para Glória d’Ele, e deu ao homem o seu domínio, o cristão não pode viver de aparências e enganação, tem que entender e aceitar que Deus quer mudar sua vida por completo. (Mt 21.43)

O cristão vem perdendo ao longo dos anos o alvo que é a vida santificada e sacrificada em Jesus. Em um contexto geral, a identidade cristã tem se perdido em meio ao mundo de ilusões, desejos particulares, que muitas vezes são supérfulos e tem ficado em primeiro lugar, e as obras concernentes ao reino de Deus ficam para segundo plano, o esfriamento tem invadido os lares, a mente e os corações. A igreja está perdendo espaço de forma sorrateira, onde eram tidos costumes “arcaicos”, tem-se uma renovação de atitudes modernas ofertadas pelas mídias e aceitas como normal, vista de formal imoral por aqueles que veem na Bíblia a ordem pragmática de Cristo: acautelai-vos. (Rm 12.1; I Co 10.13)

É preciso negar os prazeres que o mundo oferece e podem nos distanciar de Cristo. É necessário desejar ser diferente do que vemos, tendo a certeza que Deus não aprova certas atitudes. Por mais difícil que seja, deve-se procurar permanecer fiel, e se cair, voltar ao primeiro amor urgentemente! Ser exemplo dos fiéis, ser forte e buscar o caminho estreito. Jesus não se distancia de nós, ele não muda e sua promessa continua perfeita, busquemos com afinco seguir os passos de Cristo, deixando ele nos moldar para isso, nessa estreita estrada veremos a esperança da glória de Deus, Ele não deixará vacilar teu pé. (Sf. 13.9)

Que Deus continue abençoando. Até a próxima, Joselânea Guedes

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