segunda-feira, abril 29, 2024
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Coluna evangelizar: Eu sou a videira e vocês os ramos!

Padre  Zé:

5º DOMINGO DA PÁSCOA  

 
 Esta reflexão talvez ajude a você a uma participação mais consciente da celebração da Santa Missa no Tempo Pascal!
 
Evangelho João 15, 1-8
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EU SOU A VIDEIRA E VOCÊS OS RAMOS!

 
 
                   Não há dúvidas de que o texto traz um apelo à conversão pessoal, a partir da permanência, isto é, está em comunhão com Jesus Cristo, mas o evangelho também apresenta indícios de uma relação bem mais ampla e profunda.  Fora da videira, além de não produzir nenhum fruto, também iremos morrer e ser destruídos para sempre, nas chamas do fogo.  A estrutura de um vegetal é algo assim que pode ser descrito:  Tronco, raiz, ramos, folhas,  flores e frutos.  Tudo ligado ao tronco. E João também, o autor da célebre afirmação de que, “Quem diz que ama a Deus que não vê, mas não ama o irmão que vê, é mentiroso, pois a verdade não  está  nele”    (1Jo 4,20).
                  Então o evangelho da Videira fica bem mais claro para todos nós, porque sem essa comunhão ou ligação profunda com Cristo e com os irmãos da comunidade, não iremos produzir frutos, ou os frutos não serão de boa qualidade. É na Igreja comunidade, que vivemos e celebramos essa comunhão. Permanecer, não significa um encontro casual ou acidental, nem tão pouco quer dizer fechar-se dentro do seu grupo, da sua equipe, pastoral ou movimento pois, quando temos essa atitude, de só se sentir bem no “meu grupo”, o horizonte se estreita, porque se trata de uma fuga  e assim eu me acabo “escondendo” no meu grupo, e ali não serei questionado, não precisarei buscar mais nada, pois terei enfim encontrado a sonhada paz, a comunidade perfeita.
                  Um ramo assim está  fadado a secar, irá perder a vitalidade e acabará caindo ou sendo arrancado por algum vento impetuoso que sopra contrário, pois não é função do tronco conduzir a seiva a um ramo em particular, mas a todos os ramos. Fechar-se no grupo significa uma tentativa infrutífera de monopolizar a seiva da graça de Deus, só para nós, com exclusividade.
                  Há pessoas que pensam assim, há grupos de cristãos, que também pensam desta forma, alimentando a ilusão de que o cristianismo fechado em um grupo é uma maravilha, uma bênção e uma grande graça.  Quanto engano!…  O evangelho desse domingo, escrito por São João, desmonta toda essa “fantasia colorida”. A ameaça de ruptura e destruição no fogo, não é para os que não pertencem à Videira, mas sim para os de dentro, que insistem em caminharem sozinhos, sem uma inserção na vida comunitária.
                 São Paulo usa a mesma linguagem ou sentido da videira, quando pensa a Igreja como um “Corpo”, onde nós somos os membros e Cristo é a Cabeça. O pé não tem nenhuma importância em si mesmo, se não considerarmos sua relação com o corpo, um membro separado do corpo não serve para nada, não tem função alguma, ele só se torna valioso e importante, quando unido permanentemente com o corpo todo. Vejamos o que diz São Paulo mais explicitamente: “Se o pé disser  eu não sou mão; por isso deixaria de ser do corpo? Se a orelha disser eu não sou olho; por isso não sou do corpo, deixaria de ser do corpo?” E assim vai descrevendo sucessivamente… (1Cor 12,15-24).
                  Nossa caminhada enquanto igreja, não pode ser alimentada por  fantasias e mentiras inebriantes, pois elas não resistirão  à “Verdade Divina”.  Por isso precisamos um dos outros, porque somos demais importantes na constituição do corpo, cuja Cabeça é Cristo ou se quiser,  só há razão de vida divina verdadeira se permanecermos ligados à Videira, pois o  Cristo Jesus nos afirma:  Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanecer em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer. (1Cor 15,5).   
                 Que Senhor Jesus vitalize e lhe estimule a vivência da sua Boa Nova na sua comunidade a que pertence, e você  se fortalece como um ramo, que sempre  produz  muito fruto ligado  a Jesus, a VERDADEIRA VIDEIRA! .
                                                                                          Côn. José Diácono de Macedo

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