sábado, setembro 28, 2024
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DILEMA: Manter escola na zona rural com sala de aula multiseriada de baixo rendimento ou trazer os alunos à cidade para aprenderem na idade certa? Entenda o caso e veja protesto

Nenhum governante em sã consciência fecha uma escola apenas por querer. Algum motivo de força maior leva a tomar uma decisão desse porte. E assim vem ocorrendo no município de Ingá nos últimos anos, quando em gestões anteriores foram fechadas escolas de comunidades rurais tais como Pedra Lavrada, Sítio Tambor, Bacamarte, entre outras, e na gestão atual escolas de Serra Verde, Gameleira e Hotel Cruzeiro, entre outras, cujos alunos são trazidos para Ingá ou distritos de Pontina e Chã dos Pereiras em transporte escolar diário.

A justificativa principal é que nestas escolas se aplicam o sistema ultrapassado de salas de aulas multiseriadas, ou seja, o(a) professor(a) ensina aos alunos de diversas séries (ciclos) e idades diferentes numa mesma sala de aula, no que tem apresentado um baixíssimo rendimento escolar onde os alunos simplesmente não aprendem o suficiente e chegam com bastante deficiência no ensino fundamental e consequentemente no ensino médio. Portanto, do ponto de vista da gestão municipal é mais viável trazer os alunos em transporte público para estudarem nas escolas da cidade ou distritos, divididos de acordo com as séries e idades certas, e consequentemente avançando na qualidade do ensino, do que mantê-los em escolas com poucos alunos misturados e sem aprendizagem satisfatória. Tem sido assim em diversos municípios paraibanos. Há relatos de escolas com 15 alunos, outras com apenas 8.

CONVENIÊNCIA

Manter uma escola deficiente na zona rural pode ser conveniente para os pais e até para professores que morem na comunidade ou na vizinhança, porém pode não ser conveniente para os alunos que não conseguem aprender e terão seu futuro comprometido. Isso lembra aquela velha máxima da educação deficitária e do faz de conta: “A gente faz que ensina, e tu faz que aprende”.

PROTESTO

No entanto, há quem discorde destas decisões de fechamento de escolas na zona rural. Esta semana o vereador Jorge da Saúde foi até a comunidade de Cachoeira dos Barbosas, na Escola Municipal José Barbosa da Rocha, onde registrou um protesto de moradores e pais de alunos que solicitaram a gestão municipal que mantenha aberta a escola daquela comunidade e não transfira os alunos para a cidade de Ingá. A  distância tem sido levado em conta também.

A medida ainda está em estudo pela equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, sendo preciso verificar os dois lados da questão. A decisão deve ser tomada pensando no que seja melhor para o alunado, levando em conta se a decisão de fechamento irá fazer com que perca os alunos para Juarez Távora, já que é mais perto.

 

O vereador Jorge da Saúde publicou o protesto em sua rede social, foi solidário aos apelos da comunidade e apresentou o abaixo assinado dos pais de alunos.

Veja o vídeo publicado pelo vereador

 

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