Até o último dia útil do ano, a prefeitura pagou apenas o 13º salário, embora alguns funcionários afirmam que também não receberam.
Desde segunda-feira que a prefeitura de Ingá está com sua porta principal fechada ao público, com acesso apenas pelas portas dos fundos, tendo apenas serviço internos inclusive durante a noite como demonstra a foto. Embora o empregador tenha até os primeiros dias do mês seguinte para o pagamento do mês trabalhado, havia uma grande esperança dos funcionários públicos de ingá que o prefeito Lula pagasse os salários de dezembro até o último dia do ano, nesta sexta-feira, 28 de dezembro, o que seria muito bom para os funcionários no sentido de ter a passagem de ano novo mais tranquila, porém muitos funcionários foram várias vezes ao Banco do Brasil e se decepcionaram aos constatar que não havia depósito por parte da prefeitura.
Antes das eleições os defensores da gestão Lulista se gabavam dos pagamentos em dia dos salários dos funcionários efetivos e contratados, mas depois do resultado de 7 de outubro começaram os atrasos, exonerações de contratados e comissionados, além de deficiências em serviços essenciais como coleta de lixo e atendimento médico, entre outros.
O prefeito Lula que ora está saindo, deixa mais este encargo do pagamento do mês de dezembro para seu sucessor Manoel da Lenha, somando-se ainda as nomeações de cerca de 200 novos funcionários concursados que é objeto de questão judicial em curso. Nas justificativas usadas pelos advogados da prefeitura ao Tribunal de Justiça quando da derrubada da liminar, afirmavam que a prefeitura teria dinheiro suficiente para fazer frente a tais pagamentos na folha de pessoal e que não iria infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Infelizmente constata-se também uma situação de prédios públicos, equipamentos e veículos sucateados.
Já a transição praticamente não existiu. Segundo um membro da equipe, “os que estão saindo fez que mostrou relatórios, e os que estão entrando, fez que viu.” E assim segue a gestão pública no país do faz de conta.
Diante de tantos problemas, já se imagina que janeiro será de dias difíceis para o novo governante, que terá que tomar medidas amargas e enérgicas logo de início.
No Brasil, enquanto não houver uma lei que coíba seriamente atitudes prejudiciais de final de gestão, haverá sempre uma política de terra arrasada herdada pelo sucessores. Salvo raríssimas exceções de saídas dignas.