sexta-feira, abril 26, 2024
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PRECISAMOS DE MÉDICOS CUBANOS?

A resposta é sim e não. O Brasil precisa sim, urgentemente de médicos, para suprir nossa carência desses inestimáveis profissionais nos rincões do país. Recentemente está sendo travado um debate, onde a classe médica, representada por seus Conselhos Regionais e Federal de Medicina, está afirmando veementemente que existem médicos suficientes, o que falta é uma melhor gestão na saúde.

Por outro lado, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que é médico, natural de Santarém-PA, junto com a equipe do governo da Presidente Dilma, sinaliza a assinatura de um Decreto, no dia 01 de junho próximo, que visa a “importação” de seis mil médicos cubanos, o que vem causando imenso alvoroço nos meios de comunicação.

         Qual o seu ponto de vista? O meu, com experiência de 15 anos vivendo no extremo sul do Pará, é que o Brasil precisa de Médicos, independentemente da nacionalidade, eis que naquela região e em outros rincões, existem grande demanda desses profissionais, mas pouquíssima oferta. As razões são variadas, dos contrários e dos favoráveis dessa medida do governo brasileiro, e os defensores e antagonistas dessa medida tem razão em seus argumentos, e por isso ficamos em um grande impasse.

         Com salários altíssimos e demais atrativos, essas regiões não conseguem atrair os médicos, bem com a estrutura precária dos hospitais, quando existem, também afastam os médicos e os concentram nos grandes centros. Quem sofre com isso é a população dessas regiões. No meu ponto de vista o governo está certo em buscar uma alternativa, em não ficar parado, eis que o Ministro é oriundo de uma região remota, Oeste do Pará e conhece bem a realidade da saúde e da falta de médicos.

         Por isso, está sendo construída uma alternativa, como limitar a atuação desses profissionais cubanos ao atendimento básico da saúde, impedindo de praticarem procedimentos mais complexos, como cirurgias etc, bem como expedição de vistos temporários de trabalho e limitados a determinada região, impedindo o fluxo migratório para os grandes centros, e a concorrência com os médicos brasileiros.

         Enfim, existem diversas questões a serem debatidas sobre esse assunto, tais como a dificuldade do idioma, a política pública de saúde, o desinteresse e às vezes o comodismo de alguns médicos, mas felizmente o governo desistiu agir, e prefiro um governante que erre agindo, tentando acertar, do que aquele que nada faz. Essa população precisa de médicos, URGENTE!

         Dr.Jonathan Pontes

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