A chuva não caiu, e com isso, o estado de emergência decretado em 195 municípios paraibanos em maio deve ser prorrogado. Segundo o secretário de Infraestrutura do Estado, Efraim Morais, 76% dos açudes estão com menos de 50% de sua capacidade de fornecimento de água.No Sertão, municípios enfrentam o corte no fornecimento de água. Na cidade de Triunfo a redução do nível do açude Gamela fez com que as casas não tivessem mais água nas torneiras. Segundo a Defesa Civil, 174 municípios estão sendo abastecidos por carros pipa.
“O Estado tem mais de 300 carros pipa sendo deslocados para atender a esta necessidade”, afirmou o governador Ricardo Coutinho. Ele informou, também, que nos próximos dias estará assinando um pacto com o BNDES para investimentos de R$ 16 milhões para melhorias no fornecimento de água apenas na região de Catolé do Rocha.
“Estamos aproveitando esta estiagem, a mais poderosa dos últimos 50 anos, e que parece que não será vencida tão cedo, para, dentro das limitações que o estado tem, assinar um termo com o BNDES que, só nesta região de Catolé e Riacho dos Cavalos, vai trazer R$ 9 milhões em investimentos em uma adutora que vai melhorar muito o abastecimento de água nas duas cidades. Em Belém do Brejo do Cruz, R$ 2 milhões para melhoria do abastecimento d’águia. Em Jericó, R$ 2 milhões, em São Bento, R$ 3 milhões. Isso representa um volume de obras na ordem de R$ 16 milhões de reais, um volume de obras importante e bastante significativo na melhoria do fornecimento de água aqui na região”, revelou o governador.
Efraim Morais ainda explicou que é possível que, em 06 de novembro, data em que expira o prazo de emergência dos 170 municípios do sertão paraibano que foram incluídos no regime, o governador assine novo decreto declarando novamente o estado de emergência. “Estamos faz09:09 24/10/2012o levantamentos, mas todas as cidades do semi-árido serão incluídas. Na primeira semana de novembro saberemos se outras cidades vão entrar, dependendo do que o relatório apontar”, explicou o secretário, que lamentou o estado em que a estiagem deixou os municípios do semi-árido paraibano.
“Hoje a situação piorou muito e o volume dos açudes e mananciais é crítico”, lamentou.
João Thiago