domingo, abril 28, 2024
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TEMPO DE FARTURA PARA OS AGRICULTORES DE INGÁ, ITATUBA E REGIÃO

A maioria já colhe os frutos do bom inverno

Após as intensas chuvas caídas no ano de 2011, que causou as inundações no município de  Ingá e Riachão, dois anos se passaram de seca em toda região, levando sofrimento ao homem do campo e perda do rebanho para pequenos e médios pecuaristas, tendo afetado inclusive o abastecimento d’agua do município de Ingá.

 Neste ano de 2013, o inverno demorou a chegar e só começou a chover regularmente durante o mês de junho, quando o normal seria março, porém, o agricultor acreditou e esperou a hora certa de plantar. A EMATER, em convênio com as prefeituras, distribuiu sementes de qualidade aos agricultores. Por onde se anda, em toda zona rural da região, vemos imensos roçados de milho, feijão e fava, culturas tradicionais, que são plantadas  pelos pequenos agricultores para subsistência e armazenamento, mas também para a venda do excedente, o que vem barateando o preço de alguns destes alimentos  nas feiras livres, como é o caso do feijão verde, tão consumido pelos nordestinos em período de  boa safra. Neste domingo, 18, choveu novamente o dia todo. O tempo nesta segunda-feira, continua nublado e com chuvas espaças.

Zenildo da Silva Nunes, agricultor
Zenildo da Silva Nunes, agricultor

O perfil dos agricultores tem mudado com a crescente urbanização da população, atualmente, muitas famílias de agricultores passaram a morar nas cidades para usufruir de comodidades não encontradas no meio rural, porém, preservam o hábito de plantar roçados, seja em terras próprias ou arrendadas nas cercanias da cidade, formando um verdadeiro cinturão verde, como é o caso do agricultor Zenildo da Silva Nunes, “Nino”, que reside no Jardim Farias, mas conserva a tradição herdada de seus familiares de cultivar o solo no período adequado. Nino informou que plantou logo cedo e perdeu tudo, mas vendo que o inverno iria “pegar” mais tarde, voltou novamente a plantar, desta vez dois quadros de roçado, e se deu bem. Já colheu dois sacos e prevê que colherá mais dois, que serão armazenados em silos para o consumo, o que ajuda a diminuir as despesas com alimentos em casa.  Ainda falta “quebrar” o milho, termo que os agricultores usam quando o milho seca e já está pronto para a colheita.

Agricultora, Vila Mocó, Itatuba
Agricultora, Vila Mocó, Itatuba

Esta agricultora residente na vila Mocó em Itatuba, que atualmente já faz parte da zona urbana, também sempre planta seu roçado, sendo que durante o mês de julho já colhia os frutos de seu trabalho em razão do bom inverno. “O feijão eu guardo para comer durante o ano, já o milho tanto serve para o consumo, como também dou de ração para criação de galinhas”. Falou animada.

Colheita de plantação na zona urbana
Colheita de plantação próxima a zona urbana

Alecsandro de Olveira, Agente Comunitário de Saúde, e Rosicleide Mendonça, residentes em Ingá, também já colhem em seus roçados, plantados em terrenos colados a zona urbana.

Casal de agricultores retornando do roçado no Sítio Tambor.
Casal de agricultores retornando do roçado no Sítio Tambor.

Sr. João e Dona Maria, residentes na rua Djalma Dutra, centro de Ingá, mesmo aposentados, conservam a tradição de plantar roçados todos os anos. “Enquanto Deus me der saúde estarei plantando. Meu roçado é minha diversão”. Afirmou Sr. João.

Desta mesma forma pensam centenas de famílias na região de Ingá e Itatuba, fato facilmente comprovado quando se passa pelas ruas dos bairros populares como o Emboca, Bela Vista e Senzala no Ingá, como também pelas ruas dos bairros populares de Itatuba, como Zuza Martins e Santo Antonio, onde agricultores expõem a colheita do feijão para secar ao sol.

Feijão secando ao sol. Bairro Zuza Martins, Itatuba
Feijão secando ao sol. Bairro Zuza Martins, Itatuba
Bairro Santo Antonio, Itatuba
Bairro Santo Antonio, Itatuba

A colheita confirma a expectativa de uma das maiores safras dos últimos anos. Mas, uma preocupação ronda a região, se o inverno regular está sendo ótimo para a agricultura, não tem sido suficiente para juntar água nos grandes açudes que abastecem as cidades como Acauã, o que pode causar problemas de abastecimento no futuro. Portanto, é preciso economizar e racionalizar o uso da água na cidade, evitando o desperdício.

INGA-CIDADAO

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