quarta-feira, agosto 27, 2025
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Tribunal de Justiça da Paraíba afasta juiz de Cuité por inércia e desorganização na Comarca

O Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu nesta quarta-feira (27), por unanimidade, afastar o juiz titular da Comarca de Cuité, Iano Miranda dos Anjos. Como verificou o ClickPB, o magistrado foi afastado de suas funções durante a 14ª Sessão Ordinária Administrativa do Tribunal Pleno. O processo foi relatado pelo desembargador Leandro dos Santos, que detalhou a matéria dizendo se tratar de um “processo disciplinar preliminarmente instaurado para apuração de atos imputados ao magistrado Iano Miranda dos Anjos a partir de correição realizada na unidade de sua titularidade, a 1ª Vara Mista da Comarca de Cuité”.

O advogado de defesa, Daniel Sampaio de Azevedo, falou na tribuna sobre o caso e destacou que o seu cliente “está sendo acusado de desorganização, de pouca proatividade, de problemas de gestão de pessoas, algo que é objeto desse processo, mas também é objeto de uma correição em curso”.

Para o advogado, “o fato é que o dr. Iano, como acredito que vários magistrados que atuam no interior da Paraíba, vai enfrentar dificuldades, terá problemas em relação à gestão de pessoas, pode ter dificuldade de metas do próprio Tribunal, mas isso não quer dizer que não esteja oferecendo o melhor de si”.

O desembargador Leandro dos Santos, relator do processo, sustentou que “há indícios de que o magistrado reclamado mantém uma constância desatenção a alguns serviços de sua unidade judiciária no aspecto jurisdicional e administrativo apresentando um quadro de inércia de gestão que compromete a regularidade da Vara de sua atuação com considerados prejuízos para os jurisdicionados”. Além disso, detalhou também que o magistrado recebeu orientações para tomar providências diante dos problemas encontrados em inspeção, mas não tomou atitudes diante do que foi pedido. “Após seis notificações para prestar informações e não tendo o magistrado atendido nenhuma delas, foi instaurada uma nova sindicância para apurar a inércia dele em relação a uma informação que seria elementar, sobre o andamento do plano”, ressaltou.

“O que se viu, nos últimos seis anos, de 2019 para cá, foi efetivamente uma repetição de descompromisso com a jurisdição”, destacou o desembargador Leandro dos Santos.

Confira a sessão do Tribunal de Justiça da Paraíba:

ClickPB

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