E você é bom pagador?
Qual o pior, o ladrão de galinha que te rouba escondido ou o velhaco que te engana sorrindo?
Leia na coluna de Rocha.
VELHACOS, O CÂNCER SOCIAL
O brasileiro, de modo geral, aparece em pesquisas como o povo mais versátil em suas relações e o menos preconceituoso do mundo, mas a realidade do próprio brasileiro, no seu dia a dia, não reflete bem essa “verdade” que todos afirmam, mas ninguém acredita, porque a discriminação é endêmica e se refere a tudo, de forma que absolutamente ninguém está livre dela.
Há quem não goste de outras pessoas por serem gays, por serem hétero, por serem pobres ou ricas, porque são negras ou brancas, velhas ou novas, porque são políticas, por serem ou não religiosas, enfim: ninguém escapa.
Pra mim, qualquer pessoa que me respeite, merece todo o meu respeito e consideração e, independentemente de qualquer coisa, terá. Até mesmo pessoas que cometem delitos, quando paramos para ouvi-las, entendemos que elas, embora não tenham razão, conseguem apresentar argumentos para justificar seus erros e vemos que muitas vezes a culpa maior é da má criação, da sociedade ou da sua própria incapacidade de convivência, por terem criado em função de fatores externos, grande complexo, dando-lhes a impressão equivocada de que o resto do mundo não as aceitam.
Entre todos os tipos de pessoas que fogem aos padrões de comportamento social, no meu modo de ver, nenhuma é pior do que aquela que semeia, colhe e não corresponde à confiança recebida por outras e tratam-nas com MÁ-FÉ, quando assume e não honra seus compromissos ou sequer justifica o atraso no pagamento de suas contas; aquela que pega emprestado algum bem ou valor e não devolve ou não paga no prazo combinado e, sobretudo aquela que entra em um comércio e compra à prazo, já com a intenção de nunca pagar. Comparado a isto, embora muito errado também, o ladrão de galinha é muito mais digno, porque esse pelo menos se preocupa em não ser visto por sua vítima e não a ROUBA entre sorrisos. Dessa, sempre que possível, eu quero distância!
O CALOTEIRO impõe a quem paga corretamente as suas contas, que pague também a parte dele, já que nenhum empreendimento sobrevive aos prejuízos que ele propositadamente causa, de forma que o comerciante necessite sempre trabalhar incluindo em sua planilha, o “CUSTO VELHACO”, esse CUPIM da sociedade.
“O malandro, se soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem!” (Renato Lambiasi)
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