quinta-feira, maio 2, 2024
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Presidiários tiram nota acima de 500 em provas do Enem na Paraíba

Detentos ganharam direito a certificado de conclusão do Ensino Médio.
De 290 inscritos, 224 realizaram as provas.

Oito detentos do sistema penitenciário da Paraíba conseguiram notas acima de 500 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme divulgou nesta sexta-feira (17) a Gerência de Ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Os sete homens e uma mulher adquiriram direito a receber certificado de conclusão do Ensino Médio. De 290 inscritos, 224 realizaram as provas em 31 unidades prisionais do estado.

As provas podiam ser feitas por quem ainda não concluiu o ensino médio. No entanto, é exigido no mínimo o Ensino Fundamental completo. No caso de aprovação, o presidiário inscrito pode obter a certificação do Ensino Médio. Na Paraíba, o número de detentos inscritos registrou um aumento de 10,27% em relação ao ano passado, quando se inscreveram 263 apenados.

De acordo com os dados da Seap. Desse total que prestou o exame, 116 zeraram a redação ou deixaram em branco e 108 pontuaram, o que representa 48,21% dos participantes. Quatro presos são do Complexo Penitenciário Raymundo Asfora, o Serrotão de Campina Grande. Sendo que uma é mulher.

Um preso é da cadeia pública de Princesa Isabel, no Sertão, e os outros três são da Penitenciária Silvio Porto, em João Pessoa. Um reeducando desta unidade atingiu a média de 570,36 pontos, com destaque para a nota de Matemática e Tecnologias, que foi 692,5.

Se já é difícil para quem está fora [das prisões], imagine para eles, que estão privados de liberdade”

Ziza Maia, gerente de ressocialização

Para o gestor da Seap, Wallber Virgolino, “esta é a prova de um trabalho realizado cotidianamente pela Gerência de Ressocialização, que com muito esforço conseguiu ao longo de 2013 grandes conquistas na área educacional e de qualificação profissional, demonstrando à sociedade que a reinserção social é possível”.

A gerente de ressocialização, Ziza Maia, avaliou como positiva a participação no Enem. “Apesar de terem feito as provas em datas diferentes, eles concorrem com todos os que estão fora das unidades prisionais. E se já é difícil para quem está fora, imagine para eles, que estão privados de liberdade”, ressaltou.

Para as pessoas privadas de liberdade poderem participar do exame, as unidades prisionais firmaram termo de compromisso com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). As inscrições foram feitas via internet pelos responsáveis pedagógicos de cada instituição.

FONTE: G1

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