Do que depende o sucesso da medida do governo e como outras cidades reabilitaram o direito dos moradores de caminhar sem medo nas ruas
Quem circula por Nova York tem dificuldade para acreditar que, nos anos 1990, quando gangues aterrorizavam os moradores, tomar o metrô à noite era um ato de coragem — hoje, um crime numa estação causaria uma comoção nacional. O Bryant Park, no centro de Manhattan, era um mercado de drogas a céu aberto — hoje, jovens tomam sol nos gramados nos dias de verão. O terminal Grand Central era um albergue improvisado para moradores de rua e usuários de drogas — hoje, é até ponto turístico, com alguns restaurantes de primeira linha. Rudolph Giuliani, que construiu sua candidatura a prefeito prometendo restaurar a paz na cidade, começou por mudar o comando da polícia. Expandiu o seu contingente em 35% e otimizou o uso da equipe com um sistema que identificava as áreas de maior incidência de crimes. Acrescentou a isso a hoje célebre política de tolerância zero, que previa punição para qualquer tipo de delito, por menor que fosse, inclusive o salto de catracas no metrô — praticamente elevado à categoria de esporte urbano até então.