segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Argentina e Croácia se reencontram para honrar memória de ídolos em busca de vaga na final da Copa

Torcedores dos dois países lamentaram mortes de Diego Maradona e Zlatko Kranjcar na caminhada rumo ao Catar 2022

Uma triste coincidência movimenta a primeira semifinal do Catar 2022. Argentina e Croácia se reencontram nesta terça-feira (13), a partir das 16 horas (de Brasília), no estádio Lusail, com a promessa de uma grande partida, mas também para honrar a memória de ídolos de seus países. Essa é a primeira Copa do Mundo sem Diego Maradona e Zlatko Kranjcar.

O primeiro praticamente dispensa apresentações. Maradona, que com a sua infinita habilidade nos pés e também uma ajudinha da mão esquerda, deu aos argentinos o segundo e até agora último título mundial, em 1986. O eterno camisa 10 da albiceleste morreu em 25 de novembro de 2020, vítima de uma parada cardiorrespiratória, menos de um mês depois de completar 60 anos.

Messi em ação contra a Holanda, pelas quartas de final 

Maradona, inclusive, esteve nas tribunas de honra do estádio Níjni Novgorod, na derrota da sua seleção por 3 a 0 para os rivais. O ex-jogador deu um show à parte com caras e bocas e muitos questionamentos ao time naquela altura de Jorge Sampaoli.

Kranjcar, que morreu aos 64 anos, em 1º de março de 2021, é menos conhecido longe do leste europeu. Lenda do Dínamo Zagreb nas décadas de 1970 e 1980, ele inspirou jogadores que, por exemplo, chegaram às semifinais na França 1998. Dentro do contexto de independência da antiga Iugoslávia, o atacante foi o primeiro capitão da seleção da camisa quadriculada, em 1990, e, anos mais tarde, ainda virou técnico da equipe. No Catar, comandou o Al-Ahli.

Rakitic e Mandzukic comemoram vitória de 3 a 0 da Croácia sobre a Argentina, no último jogo entre os países, na Copa 2018

Clima de revanche

Remanescentes daquela vitória, os croatas contam com uma boa base apesar de envelhecida em quatro anos. Lovren, Brozovic, Perisic e o craque Modric ainda são titulares. Do outro lado, Messi comanda uma equipe que já mudou bastante. Na entrevista coletiva na véspera da partida, os argentinos trataram de esquentar um clima que pode parecer de revanche.

“Esperamos um jogo muito difícil, contra um time que realmente pode ser chamada de time. Um grande time, um grande grupo e que vai nos tornar difíceis as coisas. As comparações com os Mundiais anteriores não fazem sentido, todos os jogos são diferentes”, disse Scaloni.

“É incrível conseguir chegar à semifinal em duas Copas do Mundo de forma consecutiva, mas queremos ir mais adiante. Para a Argentina sei que é uma pressão grande, tem um grande número aqui de torcedores. Vamos jogar a semifinal contra uma das grandes equipes do mundo e vamos aproveitar o que tiver para aproveitar”, retrucou o técnico croata Zlatko Dalic.

Quem vencer de Argentina e Croácia enfrenta quem passar de França e Marrocos na grande final. A segunda semifinal acontece na quarta, também às 16 horas, no Al Bayt.

ClickPB

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