quinta-feira, março 28, 2024
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Brasileiro com coronavírus relata rotina em casa: ‘não é um bicho de sete cabeças’

Estado de São Paulo possui 19 casos confirmados; capital, 3, de acordo com balanço desta terça-feira (10). Fato de que casos confirmados no país foram importados dão ao Brasil vantagem do tempo que China e Itália não tiveram.

Um dos brasileiros contaminados pelo novo coronavírus contou nesta terça-feira (10) que o tratamento realizado em casa, na cidade de São Paulo, é similar aos cuidados que exigem gripes e resfriados.

“Não é um negócio, um bicho de sete cabeças. No meu caso, tem sido como um resfriado, uma virose, com os cuidados normais que se deve ter quando se está com uma dessas doenças”, disse o homem, que testou positivo para o vírus após viagem aos Estados Unidos. Ele viajou a para Chicago, Boston e Nova York.

Ele disse que começou a sentir sintomas da doença logo na primeira noite de volta a São Paulo. “Dor no corpo e dor na cabeça. Não tive febre, não tive vômito, não tive diarreia, nada disso”, contou à reportagem, acrescentando que o atendimento à suspeita de infecção no hospital foi rápida.

“Imediatamente já colocam máscara. Me levaram para um quarto isolado, aí colheram os exames e, 24 horas depois, eu recebo o resultado e estava positivo”, disse o paciente.

De acordo com o homem, o “isolamento” determinado pelos médicos tem significado um contato físico limitado com a mulher e as duas filhas pequenas, que não têm sinais da Covid-19, mas também estão isoladas.

“Tenho tido contato físico com cuidados e com limitações, e o que tenho feito é sempre lavado mãos, braços, essas coisas, e feito a mesma coisa com elas”, disse. “O que eu quero, de verdade, o que eu quero é tirar a máscara e poder brincar com as crianças tranquilo”, continuou.

Casos importados

A recuperação dos primeiros doentes brasileiros e o fato de que os casos confirmados no país foram importados, sem a chamada “transmissão comunitária”, dão ao Brasil uma vantagem sobre países como China e Itália, que é o tempo para organizar os serviços de saúde e pesquisar a doença.

Para acelerar as pesquisas, que em condições normais demoram meses para serem aprovadas, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa decidiu desburocratizar o processo para os pesquisadores que se dedicarem ao novo corona vírus, tudo pelo sistema eletrônico chamado Plataforma Brasil.

“A pesquisa tem que ser prioridade em um país. Os nossos sistemas regulatórios começaram a se conversar muito mais rapidamente, e isso é muito salutar. A gente pode ser original em formas de combater uma ameaça, quanto mais a gente souber sobre ela”, disse a infectologista Esper G. Kallas, professora titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Universidade de São Paulo.

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