sábado, abril 20, 2024
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Empresa de navio grego diz que é notificada por Marinha do Brasil junto com outras 4 embarcações

Bouboulina foi citado pelo Polícia Federal como um dos suspeitos pelo derramamento de óleo que já atinge mais de 300 localidades do Nordeste.

A empresa Delta Tankers Ltd., administradora do navio Bouboulina levantado pela Polícia Federal como um dos suspeitos pelo vazamento de óleo no Nordeste, informou nesta terça-feira (5) que foi notificada pela Marinha do Brasil junto com outras 4 embarcações gregas. São elas:

  • Maran Apollo
  • Maran Libra
  • Minerva Alexandra
  • Cap Pembroke

De acordo com a nota, as cinco embarcações estão sendo investigadas pelo governo brasileiro. A notificação, ainda segundo a Delta Tankers, foi feita por meio de um aviso da Marinha do Brasil ao Ministério de Assuntos Marítimos da Grécia. A documentação do Bouboulina foi exigida pelo órgão.

O texto divulgado pela empresa apresenta um trecho da notificação feita pela Marinha:

“Como representante da autoridade marítima, solicito à autoridade marítima de seu país a notificação dos navios listados abaixo como suspeitos de derramamento do óleo que surgiu na costa nordeste do Brasil, já que eles navegaram perto da área afetada durante o período em que acredita-se que ocorreu o vazamento”.

Em resposta às suspeitas das autoridades brasileiras, a Delta Tankers diz que fez uma “pesquisa completa do material por meio de imagens de câmeras, dados e registros e afirmou que não há provas de que a embarcação tenha parado. A empresa relata que irá prestar documentos de forma voluntária e que o navio Bouboulina partiu da Venezuela em 19 de julho, sem pausas, para a Malásia”.

Marinha diz que navio grego, suspeito do vazamento de óleo, já foi notificado

Marinha diz que navio grego, suspeito do vazamento de óleo, já foi notificado

Principal entre 30 suspeitos

No sábado (2), a Marinha do Brasil disse que o navio grego Bouboulina é o principal suspeito, entre 30 embarcações, de ter derramado o óleo no Nordeste. A investigação veio a público na sexta-feira (1º), quando Operação Mácula foi desencadeada com base em um relatório produzido pela empresa HEX Tecnologias Espaciais. O documento leva em conta a análise de dados de satélite para localizar as manchas.

O apontamento deste navio suspeito vai contra duas tendências anteriormente apontadas pela Marinha e pelo Ibama nas investigações:

  • a mancha teria sido localizada pela HEX Tecnologias Especiais com imagens de satélite, mas o Ibama já havia descartado essa possibilidade em estudos próprios, de agências espaciais e de universidades. Além disso, nesta segunda-feira (4), um novo parecer voltou a dizer que satélites ‘não têm condições’ de apontar óleo no oceano;
  • as datas da passagem do navio pela costa e o fato de ele não estar operando como um “navio-fantasma” também divergem das hipóteses levantadas pelos órgãos brasileiros.

Depois de sair da Venezuela e trafegar sempre com seu sistema de localização ativo, o navio Bouboulina passou a oeste da Paraíba em 28 de julho. As investigações do governo brasileiro apontam que a primeira mancha no oceano foi registrada em 29 de julho, a 733 km da costa da Paraíba. As primeiras praias do país afetadas foram no município paraibano de Conde em 30 de agosto.

O petroleiro é do tipo Suezmax, e sua capacidade máxima é 1,1 milhão de barris. Considerando o valor atual de mercado do petróleo, o carregamento vale cerca de US$ 66 milhões. As 2,5 mil toneladas que vazaram na costa brasileira equivalem a quase três milhões de litros. Isso representa 1,8% da carga transportada pelo navio.

Navio Bouboulina: comparativo do volume transportado pela embarcação e o total de óleo que vazou, de acordo com a PF — Foto: Arte/G1

Navio Bouboulina: comparativo do volume transportado pela embarcação e o total de óleo que vazou, de acordo com a PF — Foto: Arte/G1

G1

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