Em um ano de eleições, a disputa pelo poder não se dará apenas no campo da política partidária. Em jogo estará também o controle administrativo da Federação Paraibana de Futebol (FPF).
O ex presidente do Treze e da Liga de Futebol Profissional da Paraíba, Olavo Rodrigues, garantiu que será candidato a presidência da Federação, e vai apresentar uma proposta que visa modificar a estrutura do futebol paraibano. Olavo que politicamente é ligado ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB), se apresenta como o principal opositor da presidente Rosilene Gomes. Ele garante que já recebeu inúmeras manifestações de dirigentes que também querem o fim do reinado da chamada “dama de ferro” do futebol paraibano. “Quero quer presidente da FPF para modificar a estrutura do futebol paraibano” disse.
Há mais de 20 anos dirigindo a principal entidade futebolística da Paraíba, Rosilene Gomes, terá pela frente uma eleição que promete ser uma das mais acirradas da história. O ex-presidente do Treze revelou a existência de um movimento que se apresenta como oposição ao atual modelo de administração do futebol paraibano, e que busca consolidar o bloco de oposição. Ele disse que já começou os contatos e tem até candidato à vice quase confirmado. Segundo o próprio Olavo seu companheiro de chapa deve ser Aldeone Abrantes ou Watteau Rodrigues.
Com discurso de campanha, Olavo adiantou que tem 12 propostas para mudar o rumo do futebol paraibano. Uma das metas do dirigente caso seja eleito, será aumentar o número de cidades que terão representantes no Campeonato Paraibano. “É inaceitável que dos 223 municípios da Paraíba, apenas Campina Grande, João Pessoa, Sousa, Cajazeiras e Santa Rita tenham clubes disputando o arcaico Campeonato Paraibano” lamentou. Olavo disse que Rosilene Gomes não deveria mais ser candidata, pois tem se perpetuado no poder. O modelo de gestão da dirigente, de acordo com Olavo, “está ultrapassado”. Para enfrentar e vencer a atual “dama de ferro” do futebol paraibano, Olavo conta com o apoio do senador Cássio Cunha Lima.
De acordo com o ex-presidente do Treze, desde o ano passado que existe uma movimentação nos bastidores em busca de apoio político para se formar um bloco de oposição no sentido lançar um candidato forte à presidência da FPF. ” Vamos solicitar o Estatuto da entidade com o propósito de requerer posteriormente uma auditoria na Federação. Basta dessa administração. A FPF não pode mais ser uma capitania hereditária da família Gomes – asseverou Olavo.
Olavo teve como inspiração um Projeto Lei do Senado (PLS) 253/2012, do Senador Cássio Cunha Lima que disciplina as normas para reeleição de dirigentes de entidades esportivas, determinando um limite máximo de dois mandatos consecutivos de um dirigente esportivo. Aprovado no Senado, o projeto recebeu várias emendas e teve o texto original alterado. “Dona Rosilene já tem mais de vinte anos à frente da Federação. E esse projeto a impediria de ser candidata” observou.
Bi-campeão estadual como dirigente do Galo, em 1999 e 2000, além dos títulos, Olavo ficou marcado no cenário esportivo da Paraíba ao retirar o alvinegro de campo em 99, antes de uma partida contra o Botafogo-PB, no Estádio Almeidão. O jogo seria válido por um torneio seletivo de classificação ao Campeonato Brasileiroda Série C.
Já falando como candidato ele disse que a FPF precisa de um dirigente que realmente defenda os interesses dos seus filiados e não fique apenas “balançando a cabeça” para a CBF. Citou como exemplo, a briga que o Treze travou com a CBF para se manter na Série C do Campeonato Brasileiro. “A presidente da FPF não teve coragem de defender o seu filiado” alfinetou. Olavo Rodrigues é conselheiro vitalício do Treze e atualmente dirige a Casa da Cidadania de Campina Grande.
Severino Lopes
PBAgora
