quinta-feira, setembro 19, 2024
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Estados Unidos fecham espaço aéreo a aviões russos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a guerra na Ucrânia em seu primeiro discurso do Estado da União, na noite desta terça-feira (1º), em Washington. Logo no começo do discurso, anunciou mais uma punição à Rússia por causa do conflito: um veto a que aviões do país de Vladimir Putin sobrevoem o espaço aéreo americano.

A medida, que se soma a outras sanções já anunciadas pelo democrata desde o início da ação militar de Moscou no Leste Europeu, é similar a outras definidas pela União Europeia e pelo Canadá nos últimos dias.

Biden começou o discurso falando sobre a guerra. Elogiou a resistência do povo ucraniano e do presidente do país, Volodimir Zelenski, e chamou Putin de ditador, dizendo que ele está “mais isolado do que nunca”. Destacou a resposta unificada dos países do Ocidente contra a Rússia como um exemplo de que a aliança entre EUA e Europa segue forte e afirmou que, caso essa reação não tivesse acontecido, haveria um risco grande de as tropas de Putin atacarem outros países.

“Ao longo de nossa história, aprendemos essa lição: quando ditadores não pagam um preço por sua agressão, causam mais caos. Eles seguem avançando. E os custos e ameaças para a América e o mundo continuam subindo. É por isso que a Otan foi criada, para assegurar paz e estabilidade na Europa depois da Segunda Guerra. Isso importa. A diplomacia americana importa”, disse.

Ao anunciar que o espaço aéreo dos EUA será fechado para aviões russos, Biden fez novos ataques ao presidente russo. “A guerra de Putin foi premeditada e não provocada. Ele rejeita esforços de diplomacia. Pensou que o Ocidente e a Otan não responderiam. E pensou que poderia nos dividir aqui em casa. Putin estava errado. Estamos prontos. Putin está mais isolado no mundo do que nunca.”

Ele destacou que os ucranianos, “de estudantes a aposentados”, se tornaram soldados para defender o país. “Putin buscou balançar as bases do mundo livre pensando que poderia dobrá-las à suas ameaças. Mas ele calculou mal. Encontrou uma parede de resistência que nunca imaginou. O povo ucraniano, e sua coragem inspira o mundo”, disse.

“Os ucranianos estão lutando com pura coragem. Mas os próximos dias, semanas, meses, serão duros para eles.”

Biden reafirmou que forças americanas não se envolverão diretamente em conflito em território ucraniano, mas irão para a Europa para defender membros da Otan caso Putin avance. “Para esse fim, mobilizamos forças americanas em terra, esquadrões aéreos e navios para proteger países da Otan —incluindo Polônia, Romênia, Letônia, Lituânia e Estônia. Os EUA e nossos aliados defenderão cada polegada do território dos países da Otan com força total”, prometeu.

O presidente chegou para o evento, no plenário da Câmara, ao lado da deputada Victoria Spartz, republicana eleita por Indiana e de origem ucraniana.​ Destacou a presença da embaixadora de Kiev em Washington, Oksana Markarova, e viu muitos parlamentares com detalhes em azul e amarelo, cores da bandeira da Ucrânia —a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, tinha um broche com as bandeiras dos EUA e do país do Leste Europeu.

As medidas contra a Rússia, de modo geral, têm apoio bipartidário no Congresso dos EUA. As propostas econômicas, que formaram outra parte importante do discurso, por sua vez, geram divisões até entre democratas.

ClickPB

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