Zuckerberg pede desculpas e promete mudanças após sua rede social ter sido usada para manipular pessoas a votar em Trump
Em 2004, ano em que criou o Facebook, Mark Zuckerberg tinha uma opinião clara sobre os estudantes da Universidade Harvard que estavam confiando a ele seus dados pessoais em troca de ter acesso ao novo site. Em e-mail enviado a um colega, Zuckerberg os definiu com uma única palavra: “Idiotas”. Quase quinze anos depois da fundação da mãe de todas as redes sociais, que já conta com mais de 2 bilhões de usuários, o mais recente escândalo da empresa demonstra, sim, que durante muito tempo seus executivos viam os usuários como parvos idiotizados.
É uma conclusão possível desde que os jornais The New York Times e The Guardian revelaram os bastidores de uma operação que resultou na captura irregular de dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook. Com essa massa enorme de informações, uma consultoria política, a agora famosa Cambridge Analytica, tentou interferir em duas votações cujos resultados espantaram boa parte do mundo: a eleição de Donald Trump e a vitória doBrexit, que retirou o Reino Unido da União Europeia. Os idiotas não gostaram de saber que seus dados serviram à manipulação.
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