segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Figura folclórica em Campina Grande, Pedro Cancha é esfaqueado durante assalto

Pedro Souto Guimarães, mais conhecido em Campina Grande como “Pedro Cancha”, foi vítima de um assalto na manhã de ontem e está internado em estado grave no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes. Um homem e uma mulher invadiram a casa dele, roubaram um aparelho de televisão e durante o tempo em que estiveram no imóvel, esfaquearam a vítima várias vezes.

Imagens de uma câmera de segurança da avenida Almirante Barroso, no bairro do Cruzeiro, onde Pedro mora, registraram a movimentação de entrada e saída dos bandidos. O homem foi identificado e preso na rua Engenheiro Luiz Carlos no bairro de Santa Cruz. Ele tem 48 anos e já havia sido preso anteriormente por assassinar o próprio irmão. A mulher que participou do crime ainda está foragida.

Um boletim emitido pelo hospital na manhã de hoje informa que ele passou por cirurgia e está na sala de recuperação aguardando uma vaga na UTI. Ele está entubado e seu estado de saúde é grave.

Pedro Cancha – Conhecido por suas vestimentas chamativas, Pedro Cancha já teve o cabelo mais comprido de Campina Grande e “ousou” no final da década de 60 ao posar de saia para o jornal Diário da Borborema. “No dia seguinte o jornal saiu com a foto de Cancha na capa, e esgotou edições sucessivas. Mais uma vez, Campina se equiparava às grandes capitais! Foi organizado um desfile em carro aberto pela Maciel Pinheiro, diante de uma multidão dividida (como toda multidão) entre o aplauso entusiasmado e a vaia rancorosa. Pedro, de saiote, em pé no carro, gritava: ‘Juventude campinense! O mundo está mudando! Viva a liberdade!’. Algo assim”, lembrou Bráulio Tavares.

O diretor Luciano Mariz produziu um curta metragem sobre a vida de Pedro e o lançou em 2013 no Comunicurtas: “Cancha – antigamente era mais moderno”, faz referência à resposta do biografado e uma pergunta do jornalista Rômulo Azevêdo sobre o que ele achava do “mundo de hoje”. E Pedro Cancha respondeu, desalentado: “O passado era mais moderno”.

Parlamento PB

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