sexta-feira, abril 26, 2024
spot_img
HomeGeralFlórida bane educação sexual em escolas do estado

Flórida bane educação sexual em escolas do estado

Comitê de educação do governo do estado dos EUA aprovou a proibição de qualquer instrução sexual e de identidade de gênero em todas as séries dos colégios da região.

O governo da Flórida, nos Estados Unidos, baniu nesta quarta-feira (19) qualquer aula ou instrução sobre educação sexual e identidade de gênero em todas as séries das escolas do estado.

A medida amplia a proibição desse tipo de conteúdo no ensino fundamental do estado, que já estava em vigor desde o segundo semetre de 2022. Trata-se da chamada norma “Não diga gay”, que gerou fortes críticas ao governo local, ultraconservador.

A ampliação foi aprovada nesta quarta pelo Conselho de Educação da Flórida e determinará o seguinte:

Nenhuma aula nas escolas públicas de todas as séries do estado da Flórida poderá falar sobre educação sexual ou identidade de gênero;

A exceção são conteúdos exigidos para a instrução de saúde reprodutira – ainda assim, estudantes podem optar por não assistir a essas aulas;

Até hoje, essa lei era aplicada apenas a alunos do jardim de infância ao terceiro ano;

A proposta entrará em vigor após um período de aviso processual que dura cerca de um mês, de acordo com um porta-voz do Departamento de Educação do governo local.

A nova lei foi uma proposta do governador ultraconservador da Flórida, o republicano Ron De Santis. De Santis é pré-candidato à presidência dos Estados Unidos e apontado como possível nome para desbancar o ex-presidente Donald Trump na disputa interna do partido de ambos.

A lei “Não Diga Gay” é uma das principais bandeiras de De Santis e pivô de uma crise sem precedentes entre o governo da Flórida e a Disney. A empresa, que controla um gigantesco complexo de parques de diversões na Flórida, se opôs publicamente à medida.

Em represália, De Santis fez lobby com deputados estaduais aliados, que aprovaram a devolução do território da Disney ao governo – os parques ficavam em uma espécie de território autônomo, status concedido em 1967 que criou um governo local.

O comissário de Educação da Flórida, Manny Diaz Jr., que disse que o objetivo da nova proibição era esclarecer a confusão em torno da lei existente e “reforçar que os professores não deveriam se desviar dos currículos existentes”.

Críticos da lei argumentam que a medida marginaliza as pessoas LGBTQIA+ e tem termos vagos que resultam em autocensura dos professores. O presidente dos EUA, Joe Biden, já chamou a “Não Diga Gay” de “lei odiosa”.

ClickPB

Comente usando o Facebook

DESTAQUES
spot_img
spot_img

Popular

plugins premium WordPress