segunda-feira, abril 29, 2024
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Grupos promovem protestos na Lagoa e na Ruy Carneiro e ‘travam’ o trânsito na Capital

Dois protestos diferentes ocorreram praticamente no mesmo horário, no início da noite desta quinta-feira (15), no Parque Solon de Lucena e na avenida Ruy Carneiro, em João Pessoa. As manifestações causaram grandes congestionamentos nas ruas do Centro, Manaíra, Tambaú e na avenida Epitácio Pessoa.

A primeira manifestação foi registrada no Parque Solon de Lucena (Lagoa). Na oportunidade, um grupo de trabalhadores rurais sem terra protestou contra a realização da Copa do Mundo no Brasil e reivindicou políticas de habitação social. Eles percorreram as principais ruas do Centro e queimaram pneus.

Já a segunda manifestação ocorreu na Ruy Carneiro, em frente à entrada do bairro São José. Assim como ocorreu nesta quarta-feira (14), um grupo de cerca de mais de 150 moradores protestou contra uma ação policial ocorrida na comunidade, na última sexta-feira (9), que culminou com a prisão em flagrante de Ritche Ribeiro de Sousa, de 30 anos.

Os dois sentidos da avenida foram novamente interrompidos com a queima de pneus e madeiras. Munidos de cartazes e com palavras de ordem, os moradores voltaram a acusar membros da Polícia Civil de causarem a morte de Ritche Ribeiro, que veio a óbito nesta quarta-feira.

“Os P2 tiraram a vida de um pai de família, pai de três filhos. É o seguinte, uma mídia diz uma coisa outra diz outra. Só que tudo que estão falando é mentira. Ele não foi preso com drogas, arrastaram ele de dentro de casa. Se ele foi preso com drogas porque não apresentaram na TV essas drogas, mas não, injetaram cocaína com água na veia dele, por isso que ele veio a óbito”, disse uma moradora do bairro São José, que se identificou apenas como Sandra.

Protestos 2

Apesar do fogo e do ímpeto dos manifestantes, não houve incidentes. A Polícia Militar esteve no local durante todo o protesto que durou em torno de duas horas. “Toda a manifestação, desde que pacífica, é legal e estivemos aqui para garantir a ordem e a segurança das pessoas. Graças a Deus, após eles apresentarem as suas reivindicações à imprensa, o protesto foi encerrado e a via foi liberada e fluxo seguiu normal”, comentou o Capitão Alisson Moura, da Polícia Militar.

Alguns moradores do bairro prometeram realizar novos protestos cobrando justiça pela morte de Ritche Ribeiro de Sousa.

Em Nota distribuída para imprensa, nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds) explicou que Ritche Ribeiro Sousa foi preso em flagrante pela Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), na última sexta-feira (9). Ele estava de posse de meio quilo de crack, em porções de 50 gramas, prontas para a venda. Todo o procedimento policial teria sido assistido pela família de Ritche, que também era condenado por assalto e estava sob liberdade condicional.

Ainda de acordo com a Nota, após a prisão, Ritche Ribeiro teria passado mal durante o deslocamento da sua casa para a delegacia e foi encaminhado para o Ortotrauma. “Segundo informações prestadas pela equipe médica de plantão, que realizou os primeiros atendimentos, o paciente não apresentava sinais de violência, mas sim sintomas de uso de entorpecentes, infecção renal e sofreu uma lavagem estomacal. No mesmo dia, a família e o advogado foram comunicados do fato pela Delegacia e receberam os documentos ao flagrante. Desde então o preso permaneceu no hospital até falecer na manhã desta quarta-feira (14)”, diz trecho do documento.

Ângelo Medeiros WSCOM Online

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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