sexta-feira, maio 17, 2024
spot_img
HomeGeralHacker ‘matricula’ aluna nota mil no Enem em produção de cachaça

Hacker ‘matricula’ aluna nota mil no Enem em produção de cachaça

Tereza Gayoso, 23, que teve avaliação máxima na prova de redação, queria cursar medicina, mas foi vítima de invasores de site do Ministério da Educação

A estudante Tereza Gayoso, 23 anos, conseguiu tirar nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), porém devido um erro no site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ela foi inscrita no curso de produção de cachaça, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, em Salinas. Tereza, no entanto, tentava uma vaga em medicina.

Ela teve conhecimento da troca de curso após receber prints de amigos com a lista de aprovados no IFNMG. “Quando vi, não acreditei. Minha conta foi hackeada e, por isso, me matricularam em um curso de produção de cachaça. É muita maldade de quem fez isso”, afirmou. A aluna, que conquistou nota mil na redação, afirma que já havia perdido as esperanças de passar em medicina e, quando tentou consultar o sistema novamente, percebeu que sua senha havia sido alterada.

Veja também

Apesar de ter gabaritado a redação da prova, Tereza não conquistou média suficiente para passar em medicina, mas disse que tentará novamente no final do ano.”Estudei muito para conseguir melhorar minha nota na redação e fiquei muito feliz ao saber que tinha atingido a nota máxima. Pensei que, no máximo, atingiria 900. Fiquei surpresa mesmo não passando em medicina, continuarei tentando e já me inscrevi no cursinho novamente.”

O IFNMG reprovou a atitude dos hackers, mas afirmou que os alunos da instituição também merecem respeito, já que a atitude foi alvo de piadas nas redes. “Hackers invadiram o site do Sisu e mudaram a opção de curso feita por alguns candidatos. Uma aluna que queria medicina teve sua inscrição alterada para produção de cachaça do IFNMG-Campus Salinas. A atitude dos hackers é reprovável. Isso é óbvio. Mas tanto os alunos quanto o curso de produção de cachaça merecem respeito”, afirmaram, por meio de nota.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Educação (MEC), procurado por VEJA, não havia se pronunciado.

Comente usando o Facebook

DESTAQUES
spot_img
spot_img

Popular

plugins premium WordPress