sexta-feira, abril 26, 2024
spot_img
HomeGeralMenina que comoveu a web ao nascer com a medula exposta morre...

Menina que comoveu a web ao nascer com a medula exposta morre em SP

Lorena contraiu meningite e teve uma parada cardíaca, que causou uma lesão grave no cérebro.

A pequena Lorena Miranda, de cinco anos, que tinha uma malformação congênita na coluna vertebral, morreu após uma parada cardíaca. Segundo informações obtidas pelo G1 nesta sexta-feira (6), ela estava internada no Hospital Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo, desde o início de fevereiro.

G1 contou a história da menina em 2017. Ela nasceu com mielomeningocele, uma malformação na coluna vertebral, e também desenvolveu hidrocefalia. A família da menina liderou uma campanha para juntar dinheiro e pagar o tratamento com células tronco, que foi iniciado em março de 2019.

Nas redes sociais, a mãe de Lorena, Maria Carolina Camilo, explicou que a menina estava tratando uma meningite e se encontrava em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 23 de fevereiro, ela teve uma parada cardíaca e foi entubada. Devido a parada, a pequena teve uma lesão grave no cérebro.

De acordo com os familiares, o quadro se agravou e ela faleceu na tarde de quinta-feira (5). O velório e o sepultamento de Lorena ocorreram no mesmo dia, no Cemitério Municipal de Bertioga. Procurada pelo G1, a mãe da pequena Lorena disse que prefere não comentar o caso, pois está muito abalada.

Entenda o caso

Maria Carolina Camilo descobriu que a filha tinha mielomeningocele apenas na hora do nascimento. A coluna nasceu aberta, com os nervos e a medula expostos, conforme informou a mãe. “Ela fez a cirurgia para fechar com sete dias de vida. Com nove dias de vida, ela colocou uma válvula. Ao todo, ela já fez seis cirurgias, entre vários procedimentos”, contou. Segundo ela, os médicos diziam que Lorena teve uma malformação durante a gestação, mas não havia um motivo certo para isso ter acontecido.

Lorena não realizava nenhum movimento da cintura para baixo, e não tinha controle da parte digestiva e, por isso, fazia o uso de sondas. Como não conseguia andar, ela vivia em uma cadeira de rodas e fazia fisioterapia pelo menos duas vezes na semana para fortalecer os membros.

A família descobriu um tratamento de células tronco no hospital Better Being, na Tailândia. A partir disso, eles iniciaram uma campanha de arrecadação, com rifas e eventos beneficentes, que durou cerca de dois anos. A ação rendeu a quantia de R$ 112 mil, no entanto, o valor ainda não era suficiente para que a menina seguisse para a Tailândia.

Na época, a família soube, por outras mães, que uma clínica no Paraguai fazia o mesmo tratamento. A primeira aplicação foi feita em 25 de março, no Hospital Clinic Center, em Ciudad del Este, e foi realizado pela PanAm Stem Cell, uma empresa de medicina regenerativa focada em terapias com células-tronco. No local, a menina passaria por mais outras duas aplicações.

Lorena com os pais e a médica, dentro do hospital, no Paraguai — Foto: Arquivo Pessoal/Maria Carolina Camilo

Lorena com os pais e a médica, dentro do hospital, no Paraguai — Foto: Arquivo Pessoal/Maria Carolina Camilo

G1

Comente usando o Facebook

DESTAQUES
spot_img
spot_img

Popular

plugins premium WordPress