O padre Djacy Brasileiro lançou campanha contra a promoção de festas juninas nos municípios castigados pela seca. “Um município que decreta estado de emergência devido às conseqüências danosas da seca mas, ao mesmo tempo, promove festas com bandas e mais bandas, não está entrando em uma grande contradição? Não se trata de incoerência? É ou não é hipocrisia?”, questiona. Ele deixa claro que não está contra as festas juninas. “Sou contra os gastos com bandas e mais bandas em detrimentos de milhares de sertanejos que clamam por água e pão. Diante de um cenário de desolação, de sede e fome, é ético, é cristão, é humano, promover festas, sabendo que requer soma elevada de dinheiro? Neste contexto clamoroso, angustiante, a vida humana deve ter primazia, e não festas com seus gastos exorbitante”.
Ela indaga se deve haver festa junina e respnde que sim. “Sim, deve, porém, sem gastos excessivos. Até questionaria: por que não fazer as festas com o potencial cultural que o município dispõe, como forrozeiros com seus instrumentos peculiares: sanfona, zabumba, pandeiro e triângulo? Fazer as festas juninas com esses artistas regionais, não seria um resgate da nossa verdadeira cultura sertaneja?”, afirmou.
LANA CAPRINA