A Paraíba não deve ser contemplada com parte das 10 mil vagas disponibilizadas pelo Governo Federal para acolher dependentes de crack e outras drogas nas comunidades terapêuticas em todo o País. O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, e o governador Ricardo Coutinho ainda não assinaram a adesão ao programa “Crack, é possível vencer” e os recursos serão encaminhados para outros Estados, caso a união não seja firmada até antes de 7 de janeiro de 2013.
“As instituições terapêuticas não se encaixam nos requisitos do MS, porque possuem medidas de internação muito longas, separadas da família e sem articulação com os Centros de Ação Psicossociais (CAPS). Além disso, a Secretaria não prioriza esse tipo de ação, porque já foi comprovado que os serviços que segregam não recuperam. Nosso interesse maior é investir na manutenção e tratamento dos CAPS e leitos em hospitais gerais”, explicou a assessora técnica de saúde mental da SMS, Ana Karina de Almeida,
Os recursos do programa “Crack, é possível vencer” são provenientes do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), com o pagamento mensal de R$ 1 mil pelos serviços de acolhimento de adultos e R$ 1,5 mil para crianças, adolescentes e mães em fase de amamentação. Já a portaria do MS prevê o pagamento de R$ 1 mil para cada leito disponibilizado.
Caso consiga aderir a tempo ao programa a Paraíba ficará com uma fatia das 10 mil vagas oferecidas, parcela considerada “insuficiente” pela secretária do Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos. “Essa é uma iniciativa louvável, mas ainda é insuficiente. O número de vagas para todo o Brasil corresponde a 10% da estimativa de dependentes da Paraíba”, afirmou.
Correio da Paraíba