As praias são as mais importantes atrações turísticas da Paraíba. Mas, algumas das mais belas paisagens naturais só podem ser vistas dentro da água. Em Picãozinho, uma barreira de recifes localizada a aproximadamente 15 minutos da Praia de Tambaú, em João Pessoa, é possível mergulhar e registrar os momentos em fotos subaquáticas ao lado de diversas espécies de peixes.
O apelido da barreira de recifes foi dado por pescadores locais. Eles viam um pequeno pico de pedra no mar que formava piscinas naturais e resolveram batizá-lo de Picãozinho. O período de dezembro a março, quando a água fica mais clara, é o mais indicado para a visitação. Porém, o passeio com mergulho, que dura cerca de duas horas, pode ser feito em qualquer época do ano. O importante mesmo é consultar a tábua de marés antes de fazer o passeio. Com a maré de até 0,4m, os corais ficam à mostra formando uma linda vista.
No barco, o visitante pode alugar máscaras de mergulho por R$ 10 para apreciar melhor a fauna do local, pegar boias emprestadas e encomendar fotos subaquáticas, cujo preço varia de R$ 25 a R$ 30. O fotógrafo garante a presença de peixes nas fotos usando comida para peixe envolta em um plástico. Mesmo sem comer a ração, os peixes se atraem pelo cheiro do alimento e tornam a foto ainda mais bonita.
As principais proibições do local são não pisar nos recifes e não alimentar os peixes. As limitações foram definidas para preservar a fauna do local e os corais, que estavam sendo destruídos devido ao grande número de visitantes. Apesar das regras, é possível ver os peixinhos por todos os lados e fotografá-los.
As embarcações também são submetidas a algumas regras. Nenhum barco pode ficar a menos de cinco metros dos corais. Por isso, o visitante tem que ter disposição para nadar pelas piscinas naturais, além de tomar cuidado para não pisar nos corais.
Os barcos de passeio ainda têm serviço de bordo com restaurante, onde são servidos espetinhos (R$ 4 a unidade), porção de carne de sol com batata frita (R$ 15) e refrigerantes (R$ 2 a lata). A comida, no entanto, só pode ser consumida dentro do barco, já que é proibido ir para a água com qualquer tipo de alimento.
O casal de Brasília Lucas Riulena e Márcia Thuin foi pela primeira vez a Picãozinho e registrou fotos debaixo d’água. “Foi muito legal, nunca tinha tirado foto com os peixes”, disse Lucas. O casal passou oito dias de férias na Paraíba e conheceu outras praias como Jacaré, Bessa e Tambaú. “É lindo, maravilhoso”, disse Márcia.
Pôr-do-sol no Jacaré
Depois de passar a manhã e a tarde no mar, uma boa opção é assistir ao pôr do sol ao som do Bolero de Ravel à bordo de um catamarã sobre o Rio Paraíba. O passeio de barco na Praia do Jacaré, em Cabedelo, dura cerca de uma hora e meia com direito a explicações históricas e geográficas do local e um show de humor no lugar onde o sol se põe primeiro no país, aproximadamente às 17h15.
No fim do passeio, os visitantes assistem ao espetáculo da natureza ao som de Jurandy do Sax, que toca vinte minutos de bolero ao vivo em cima de uma canoa todos os dias. O artista já tocou a composição mais de 4 mil vezes e já é considerado uma atração turística da Paraíba.
O Rio Paraíba nasce na Serrá do Jabitacá, na cidade de Monteiro, a 303 km da capital João Pessoa, e desagua em Cabedelo. A área localizada na Praia do Jacaré, onde acontece o encontro do rio com o mar, tem 750 m de largura e 12 m de profundidade.
Para quem prefere ver o espetáculo em terra firme, a Praia do Jacaré tem diversos bares às margens do Rio Paraíba de onde o pôr do sol é acompanhado pelo som do saxofone de Jurandy. O local também tem lojinhas com produtos da terra, uma feira de artesanato e uma praça de alimentação que o visitante não pode deixar de conhecer quando não estiver a bordo do barco.
A Praia do Jacaré é um dos locais que mais concentram embarcações que atuam em esporte e recreio na Paraíba, incluindo catamarãs, jet skis e lanchas. Na Paraíba, estão inscritos na Capitania dos Portos aproximadamente 3 mil embarcações de esporte e recreio, sendo que 1,2 mil são apenas de jet skis.
A partir de janeiro, a Secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Cabedelo vai iniciar um processo de “balizamento”, onde será formada uma área de exclusão durante o período de apresentação de Jurandy do Sax. “Vamos proteger o artista, porque alguns barcos estavam se aproximando muito e ele poderia cair”, explicou o secretário Walber Farias.
No G1.