‘Avião’, tênis branco, bola de couro, material escolar. A lista que chegou às mãos de policiais civis da 2ª Superintendência de Polícia Civil, sediada em Campina Grande, despertou nas equipes o interesse de realizar o sonho de cada pedido descrito nas 30 ‘cartinhas anônimas’ a que eles tiveram acesso. Eram anseios de crianças para este Natal.
Os policiais encostaram as armas e caíram em [outro] campo. Eles, familiares e amigos fizeram o levantamento dos pleitos anotados e compraram (e/ou receberam em doações) o material que virou “o alvo da operação”.
Com a viatura prontamente abastecida, as equipes percorreram os endereços ‘monitorados’ em seus levantamentos. Uma escola no distrito de Galante e uma entidade filantrópica em Campina Grande viram o carro da polícia chegar a todo vapor em sua porta.
Além das 30 cartinhas atendidas, o trabalho policial evoluiu e proporcionou a doação de 65 cestas básicas. Neste caso, até quem não estava no radar da PC foi ‘abordado’ nas ruas pelos investigadores caracterizados e superaram o susto ao saberem que aquilo não era uma ‘batida policial’ propriamente dita.
“Foi uma iniciativa de alguns dos nossos policiais aqui da Superintendência, que contou, claro, com o nosso total apoio. Na verdade, pela natureza do nosso trabalho, a gente absorve uma carga tão pesada de energia negativa no decorrer do ano, que uma ação como essa acaba servindo como espécie de terapia para todos nós. É muito bom servir à sociedade, seja com armas ou presentes nas mãos”, disse o superintendente da Polícia Civil em Campina, Glauber Fontes.
Devido ao sucesso a operação – estampado no rosto dos ‘abordados’ –, já se cogita a realização da 2ª Fase desse trabalho.
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