domingo, maio 19, 2024
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Professores da Rede Estadual só retornam às aulas com protocolos de segurança

Após assembleia, professores da rede estadual de ensino decidiram que só retornam para as salas de aulas presencialmente com protocolos de segurança contra a covid-19. Os trabalhadores e trabalhadoras em educação se reuniram na quarta-feira (29/07), na primeira Assembleia Estadual Virtual do Sintep-PB, em que deram mais um exemplo de organização e compromisso com a educação pública.

Após uma rodada de assembleias virtuais, em 13 das 14 regionais sindicais, respeitando os protocolos da Organização Mundial de Saúde, mantendo o isolamento social, deram um recado claro: a vida em primeiro lugar. A deliberação é de que, se o governo propuser volta das atividades presenciais sem segurança total, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado.

“Os professores do Estado não voltam para a sala de aula enquanto não houver segurança confirmada”, enfatizou Fernanda França, professora do Estado da Paraíba e suplente da secretaria da juventude do SINTEP/PB. A declaração repercutiu nas redes sociais, após a assembleia.

Do litoral ao sertão foram aproximadamente mil participantes presentes nas assembleias, que debateram a situação atual do Brasil, a importância do Fundeb para a educação pública, os problemas salariais recorrentes causados pela SEECT, a situação da educação na Paraíba e a pandemia.

A direção do sindicato apontou os desafios da conjuntura política brasileira que tem o congresso com o perfil mais conservador e privatista dos últimos anos. Nas últimas semanas, os deputados tentaram destruir o Fundeb, principal política de financiamento da educação básica brasileira, mas foram barrados pela pressão popular, conforme relatado na assembleia geral. Houve consenso entre os participantes da assembleia de que a luta agora é para a aprovação no senado do texto que torna o Fundeb

No Estado da Paraíba, o que se evidencia é a falta de diálogo do Governo João Azevedo. De acordo com os participantes da assembleia, esse é o primeiro governador que não recebeu o Sintep no primeiro ano de mandato e conforme a diretoria do sindicato, já são 18 meses de governo e nenhum diálogo foi estabelecido, apesar das tentativas por parte do sindicato. As pautas da assembleia refletiram a falta de diálogo, enfatizando a necessidade de aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) revisado, o reestabelecimento da escolha democrática para gestão escolar e demais problemas pertinentes à educação no estado.

“A nossa luta é a preservação do emprego e da vida, continuaremos as mobilizações online para obter as conquistas necessárias”, comentou Antônio Arruda, coordenador-geral do Sintep.

As propostas aprovadas na Assembleia foram:
– Fica estabelecido o estado de greve em defesa da vida. Caso o governo propuser um retorno às atividades presenciais sem biossegurança será realizada assembleia geral para deflagrar greve;
– Se até o dia 13 de agosto o governador não der retorno sobre pedido de audiência do SINTEP/PB,  realizaremos uma paralisação para chamar atenção do governador e da população paraibana. As pautas para audiência são: PCCR, reestabelecimento da escolha democrática da gestão escolar, verbas do antigo FUNDEF, situação da educação na Paraíba;
– Articular com deputados e deputadas estaduais a criação de uma lei de responsabilidade educacional que assegure mais transparência nas ações do governo referentes à educação;
– Exigir da SEECT diálogo em relação às definições pedagógicas durante o período de atividades remotas;
– Emitir nota em defesa das atuais regras de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica, utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano;
– Continuar a luta em defesa do Fundeb permanente que vai para votação no senado;
– Ratificar a deliberação da direção do Sintep para impetrar ações judiciais referentes à:
• Reivindicação de 60% do Fundef para quem trabalhava com o Ensino Fundamental nessa durante a vigência do Fundo;
• Remuneração de acordo com a titulação, para prestadores de serviço;
• Bolsa desempenho extensiva aos aposentados;
• Carga horária e remuneração das escolas em tempo integral;
• Ação contra os testes de seleção para quem já é efetivo;
• Ação para assegurar o local de trabalho, coibindo remoções sem justa causa;
• Pagamento, por parte do Estado, do seguro aos familiares do funcionário falecido.

 

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