Em 2018, quase cem mil estudantes deixaram a escola ou foram reprovados na Paraíba. É o que mostra o estudo feito pela Trajetórias do Sucesso Escolar, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com os dados, 67.488 alunos foram reprovados, o que revela o percentual de 12,2% das redes municipais e estadual. Outros 31.575 deixaram a escola antes de concluir o ano letivo, sendo 5,7% do total de alunos matriculados.
O mesmo estudo também revela que 174.411 estudantes estão em distorção idade-série no estado, que é quando o aluno está com pelo menos dois anos de atraso escolar. Na Paraíba, os indígenas têm números relevantes nesse quesito, já que ocupam 36% do total que se enquadra nesse quesito.
Nos três casos – abandono, reprovação e distorção idade-série – os meninos são maioria nos dados. Além da raça não-declarada, os brancos são os que lideram os índices.
Para o chefe de Educação do Unicef no Brasil, Ítalo Dutra, ainda prevalece no país uma “cultura de fracasso escolar, que naturaliza a reprovação”. Essa característica também explica o indicador relativo à distorção idade-série e o abandono escolar, disse Dutra.
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