Em publicação feita em seu perfil no Twitter nesta segunda-feira (1º), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil vai receber um antiviral para combate ao surto de varíola dos macacos (monkeypox) no país.
Uma pesquisa publicada na revista científica “The Lancet Infectious Diseases”, do grupo “The Lancet”, apontou que o antiviral tecovirimat se mostrou promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.
Os pacientes tratados com o tecovirimat, segundo o estudo, tiveram duração menor dos sintomas e expeliu vírus por menos tempo pelo trato respiratório superior (nariz, faringe, laringe e parte superior da traqueia).
O Ministério da Saúde não informou quando ocorrerá a distribuição do medicamento, quantas doses serão importadas e quais grupos, de fato, serão contemplados.
Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, até o momento, o Brasil registra 1.369 casos confirmados de varíola dos macacos no país.
Por estados, a divisão fica assim: São Paulo (1.031), Rio de Janeiro (169), Minas Gerais (63), Distrito Federal (20), Paraná (21), Goiás (18), Bahia (11), Ceará (4), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (7), Tocantins (1) , Acre (1), Amazonas (1), Rio Grande do Sul (6), Mato Grosso do Sul (5), Amazonas (1), e Santa Catarina (7).
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama, independentemente da orientação sexual de quem está infectado.
A doença costuma causar os seguintes sintomas iniciais: febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
Nos últimos tempos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de letalidade da varíola dos macacos foi de cerca de 3% a 6%; para a varíola humana maior, já erradicada, esse percentual chegava a 30%.
Com G1
Parlamento PB