sexta-feira, outubro 18, 2024
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‘Queria algo engraçado, mas que um estudante de medicina pudesse se identificar’, diz aluno que viralizou com post

Vittor Guidoni Marianelli, de 19 anos, fez post com uma camiseta em que estava escrito para não ser chamado de doutor, e sim de ‘Vittinho do Sus’.

O estudante Vittor Guidoni Marianelli, de 19 anos, se transformou em uma celebridade das redes sociais após postar, na noite de domingo (21), uma foto no twitter com uma camisa que tinha uma frase bem descontraída. “Sim, eu faço medicina. Mas por favor não me chame de DOUTOR. Me chame de de Vittinho do SUS”. O usuário do estudante nas redes sociais também não é muito tradicional, ele se intitula “Vittinho do Sus”. Ele mora atualmente em Governador Valadares, mas é natural de Vitória (ES).

O post feito pelo jovem alcançou até essa sexta-feira (25), 25 mil retweets e 171 mil curtidas. Vittor, o “Vittinho do Sus”, explicou que seu codinome surgiu a partir de um meme que ele viu há algum tempo, a partir daí ele resolveu criar um frase que pudesse ser colocada em uma camisa que ele usaria na recepção dos calouros nesse retorno de semestre. “Queria algo que fosse engraçado, mas que um estudante de medicina pudesse se identificar com a frase. A princípio, foi só para brincar com os calouros que entrariam na faculdade no próximo semestre. Eu fiz a camisa com a intenção de ir na recepção com ela, fazer alguns sorrisos e risadas, e depois só usar em casa ou em eventos que pudesse brincar com ela novamente”, explicou Vittor, o “Vittinho do Sus”.

Repercussão

“Vittinho do Sus” ficou surpreso com a repercussão da publicação, ele afirma que postou a foto sem pensar que isso pudesse ter essa magnitude. “Eu fiquei bem surpreso a princípio, em certo ponto até me assustei com a magnitude de tudo que estava acontecendo. Muita gente veio conversar comigo, pedindo ajuda e dicas sobre faculdades, vestibulares e cursinhos, e eu tentei ao máximo responder, mesmo não sendo o melhor no assunto. Ainda me espanta até onde isso tudo chegou, mas estou tentando usar essa minha influência para ajudar essas pessoas enquanto ainda tenho”, afirmou o estudante.

O jovem ainda queria usar a camisa como uma forma de brincar com o mania que algumas pessoas têm em chamar médico de doutor, além de chamar atenção para a importância de valorizar o Sistema Único de Saúde (SUS). “Claramente muita gente atribuiu um significado a ela e eu não posso fazer nada mais do que concordar. Além de que, só é “Doutor” quem tem doutorado. Já nesse quesito do SUS, ele precisa sim ser lembrado pelas pessoas como um serviço de imenso potencial. O qual muita gente tem preconceito mesmo sem entender como funciona”, afirmou Vittinho.

Postagem viralizou nas redes sociais — Foto: Arquivo Pessoal

Postagem viralizou nas redes sociais — Foto: Arquivo Pessoal

Ser médico nunca foi um sonho na vida de Vittor, que na verdade viu na medicina uma forma de realizar um sonho. “Minha motivação sempre foi salvar o máximo de pessoas com a maior eficiência possível, e apesar de outros cursos também tornarem isso possível, como direito e engenharia, etc, medicina é o mais direto, onde você pode começar a ajudar as pessoas já nos primeiros anos do curso, e espero que isso se intensifique nos próximos tempos”, explicou o jovem.

Segundo o estudante, o objetivo principal por trás de tudo isso era trazer esperança para as pessoas na forma de sorrisos. “Acredito que muita gente precisa dessas coisas hoje em dia, onde vemos que grande parte da população, não só jovem, se sente triste, sem esperança e sem vontade de sequer levantar da cama de manhã. Creio que um sorriso, mesmo que simples, pode iniciar uma mudança maior na sociedade. Apesar de eu ter feito a camiseta, não gosto de pensar que seja sobre mim, mas sim sobre a necessidade de mais atitudes assim no dia-a-dia. Um simples sorriso pode salvar a vida de uma pessoa, e essas bobeirinhas, igual a camisa, já ajudam muito” diz.

Nesse segundo semestre de 2019, Vittor vai cursar o terceiro período da graduação. Ele já sabe que a partir de agora não vai ser apenas mais um aluno na faculdade. “Já teve bastante gente comentando nos grupos da faculdade e no da minha sala, e a maioria desses comentários foi positivo. Eu espero que gostem da ideia, foi algo bem divertido de se fazer, e no fim das contas é algo inofensivo, que trás uma boa mensagem”, conclui.

G1

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