quarta-feira, abril 24, 2024
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REALIDADE CRUEL: Assassinatos de mulheres crescem 150% na Paraíba.

Uma realidade que há anos causa preocupação tem chamado a atenção no início deste ano na Paraíba: o número de mulheres assassinadas no Estado até agora cresceu assustadoramente em comparação com o mesmo período do ano passado.Dados da Organização Não Governamental (ONG) Centro da Mulher 8 de Março indicam que o número de mortes aumentou cerca de 150%. Em 2012, já foram registrados 25 homicídios que tiveram como vítimas mulheres, nos 223 municípios paraibanos. No ano passado até essa data, apenas dez casos tinham sido contabilizados.

Enquanto que de janeiro até dezembro do ano passado 44 mulheres acabaram sendo mortas vítimas de violência doméstica, só em janeiro e fevereiro de 2012 foram registrados 22 óbitos.

Esses indicadores reforçaram a necessidade de ampliar as discussões acerca dos direitos das mulheres, o que proporcionou a realização de um seminário em alusão ao Dia Internacional da Mulher, ontem (07/03) no auditório do curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Através de uma parceria entre o Centro Acadêmico do curso e da Promotoria de Justiça dos Direitos da Mulher, de Campina Grande, a comunidade acadêmica promoveu o lançamento do projeto Mulheres da Borborema que tem como objetivo intensificar políticas públicas voltadas para o sexo feminino.

Criada no mês de setembro de 2011, a Promotoria de Justiça dos Direitos da Mulher já recebeu cerca de 150 denúncias que envolvem vários tipos de agressões em que as vítimas são mulheres. Já em João Pessoa a situação é preocupante, já que a média é de 16 denúncias por dia.

Esse levantamento foi apresentado pelo promotor Luciano Maracajá, que se mostrou preocupado pelo alto índice de denúncias em Campina Grande, mas classificou como abaixo de realidades de outras cidades.

“Abrimos a Promotoria no mês de setembro e de lá para cá os números apontam para praticamente uma denúncia por dia. Em João Pessoa, por exemplo, isso chega a 16 casos diários, o que é assustador”, explicou.

Para combater a violência doméstica, Maracajá ainda disse que em Campina Grande estão sendo desenvolvidas algumas ações voltadas para atender as vítimas desse problema social.

“Temos oito inquéritos civis acerca de políticas que possibilitem um melhor atendimento às mulheres. A efetivação da casa de abrigo e a requisição para o exame de corpo de delito são dois deles que poderão facilitar o atendimento desses casos. Mas é necessário que também haja uma ampliação de políticas públicas voltadas para a mulher”, acrescentou Maracajá.
Do G1PB

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