Passada a euforia das campanhas eleitorais, momento em que prevalece as declarações de apoios, as alianças e acordos políticos, as visitas de corpo a corpo, os abraços calorosos, registros de movimentos em redes sociais e os anúncios dos projetos e programas de governos que aguçam os sonhos e esperanças dos eleitores.
Agora, passada as comemorações das vitórias e emoções das solenidades de posse, chegou “a hora da onça beber água”, como diz o ditado popular.
É chegado o momento do encontro com a realidade, que geralmente o novo gestor se depara com situações de recursos limitados, necessidade de levantamento de veículos, máquinas, equipamentos e andamento das obras, ajuste na folha de pessoal, nomeação de 1º e 2º escalões, e pressão, muita pressão por empregos.
A primeira semana útil do ano começou dia 4 de janeiro, tendo os prefeitos Robério Burity, Ari, Chicão e Josmar focados nos primeiros dias de governo na parte burocrática junto ao Banco do Brasil de Ingá, e demais instituições financeiras, para instalação e liberação de senhas e chaves de acesso ao setor financeiro e contábil das prefeituras e secretarias ordenadoras de despesas.
Dos quatro prefeitos da microrregião de Ingá, Robério tem a vantagem de dar continuidade ao seu programa de governo em razão ter sido o único a ser reeleito, no que facilita a agilizar a gestão. Os demais, Ari, Josmar e Chicão, estão assumindo pela primeiras vez e sucedem às gestões de opositores, sendo necessário um período maior de adaptação e preenchimento dos cargos para que a máquina pública comece a funcionar adequadamente ao estilo do novo gestor e os serviços públicos atendam a contento a população.
O mês de janeiro será de grandes desafios para os novos gestores, sendo necessário muita calma, paciência, determinação e coragem para tomar as decisões corretas e muitas vezes impopulares que apresentam desgaste natural de início de governo. Os novos gestores seguirão na árdua missão de pagar em dia aos servidores, prestadores de serviços e fornecedores, de forma que sobre recursos para o custeio e investimentos em obras. Uma boa saída alternativa tem sido a conquista das emendas parlamentares que ao serem de fato realmente liberadas vêm dar um importante suporte à gestão municipal. É de praxe a oposição aguardar os primeiros 100 dias de governo para começar a comparar o que foi prometido com o que vem sendo feito, próprio do regime democrático.
Ficamos na torcida para que, passada as turbulências iniciais, os ex-candidatos agora prefeitos, ajudados pelos vereadores eleitos, passem a trabalhar de maneira consistente para começarem a dar cumprimento às promessas de campanha, no que terão quatro anos para isso. Boa sorte e que Deus os ilumine.
Inga Cidadão
