segunda-feira, abril 29, 2024
spot_img
HomeIngá e RegiãoEvangelizar, por Padre Zé

Evangelizar, por Padre Zé


SÃO PEDRO E SÃO PAULO COLUNAS DA IGREJA

                                         “A FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO”

 

Leia  Mt 16, 13-19

 

 

 

               A Festa de São Pedro e São Paulo, que celebramos nesse domingo, nos faz pensar na origem de nossas comunidades. Como tudo começou? Quando foi a primeira celebração, quem fez? Como é que a comunidade cresceu e se desenvolveu para chegar aos dias de hoje? Uma coisa é muito certa, o fundador ou fundadores, devem ter feito uma experiência muito profunda com relação à pessoa de Jesus Cristo, pois sem isso, a comunidade não teria um alicerce, alguém em quem apoiar-se para poder crescer e cumprir a sua missão.

              São Pedro é chamado o príncipe dos apóstolos, isto é, aquele que iniciou o apostolado se destacando como um líder nato, e como consequência se vê no evangelho de hoje, que o próprio Cristo o constituiu chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar em Jesus algo muito mais do que se falava, pois o povo via nele um Messias, comparável a João Batista ou a Elias, outro grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento era fruto de uma ideologia nacionalista do povo de Israel, que esperava um Libertador, um Messias, enviado por Deus sim, porém, com uma missão terrena e imediata: Livrar o povo de Israel do poder imperialista do Império Romano.

               O apóstolo Pedro, que fala em nome do grupo consegue captar o pensamento de Jesus como Messias Espiritual, ele não era só um profeta enviado por Deus mais sim o próprio Deus, conforme Pedro respondeu a Jesus: “Tu és o Cristo o filho do Deus vivo!” Jesus então lhe disse: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: Tudo que ligares na terra será ligado nos céus, tudo que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mt 16,16-19). A tradição católica sempre viu nesta promessa a soberana autoridade e liderança de Pedro, príncipe dos apóstolos, consequentemente também aos seus sucessores, pois mais tarde, depois da Ressurreição, será confirmada novamente: Depois de ter sido interpelado por Jesus por três vezes, Ele, Pedro, afirma por três vezes, também que o amava, por isso Jesus diz: “Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo.21,15-17).

               Paulo, cuja teologia, isto é, o modo como ele começou a pensar as coisas de Deus, depois do encontro com Jesus no caminho para Damasco através de uma visão: “Durante a viagem, estando já perto de Damasco, subitamente cercou uma luz vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:  Saulo, Saulo, por que me persegues? Saulo  disse: “Quem és tu, Senhor”?” Respondeu ele: “Eu sou Jesus a quem, tu persegues. Duro te é recalcitrar (resistir) contra o aguilhão. (Atos 9,3-5).  Paulo, após este encontro com Jesus, tornou-se missionário, indo muito além das fronteiras do Judaísmo a pregar o Evangelho de Jesus Cristo, organizando as comunidades que havia iniciado, tendo o cuidado de instituir pessoas para dar continuidade à formação e animação de todas elas. Bastam ler as duas epístolas a Timóteo, que se percebe esta preocupação de continuidade na formação delas E agora ainda o mais bonito, manteve-se firme em comunhão com os irmãos da Igreja de Jerusalém, com quem, aliás, sempre foi solidário,  traduzindo esta solidariedade em gestos concretos, ao organizar coletas, que enviava para a Igreja de Jerusalém, pois esta comunidade passava muita necessidade com relação à subsistência alimentar. Falando às igrejas da Macedônia, ele reflete e estimula o quê? Estas igrejas que receberam muito com relação à fé possam ser generosas à igreja de Jerusalém que se encontra na penúria (2 Cor 8,1-15).  Chegando até citar o livro do Êxodo para fundamentar e fomentar o seu desejo de partilha com os irmãos empobrecidos de Jerusalém: “ O que colheu muito, não teve sobra; e o que pouco escolheu não teve falta”.(Êx16,18). É o senso de Unidade da Igreja que ele já tinha desde o início da missão de apóstolo.

 

               O que nos dizem estes missionários do Reino, Pedro e Paulo para os dias de hoje? Como animador na sua paróquia seja nos movimentos ou nas pastorais certamente, o Espírito lhe suscitará exatamente o que fazer no plano da Fé e como expressão dela a dimensão da Caridade como sugere a Igreja, tanto com relação aos necessitados da Palavra ou uma vida mais digna no provimento das necessidades básicas das pessoas com relação à alimentação, educação, moradia dentre outras.

                                  

                                                

                                                         Pe José D. de Macedo

 

 

São subsídios consultados que me ajudam nesta reflexão sejam de redação já elaborada ou de leituras como:

 

 Liturgia Dominical – Johan Konings, S.J.  Ano A-B-C

 Celebrando a Palavra – Fernando Armellini

 Liturgia Diária Comentada.     

             

Comente usando o Facebook

DESTAQUES
spot_img
spot_img

Popular

plugins premium WordPress