Após laudo, Polícia Civil encontrou mais divergência em depoimentos da mãe e suspeita de omissão.
O delegado de Polícia Civil, Cristiano Santana, intimou a mãe da criança de 1 ano e 4 meses que morreu na cidade de Queimadas para prestar um novo depoimento. Além da mãe, a Polícia Civil vai ouvir membros do Conselho Tutelar da cidade para investigar a conduta da mãe e do padrasto na criação do bebê. A informação foi divulgada nesta terça-feira (28).
Segundo a Polícia Civil, a contradição nas versões dadas pela mãe também podem indicar suspeitas da participação dela no crime. O padrasto, também apontado como suspeito já foi preso e continua detido na Cadeia Pública de Queimadaspor força de um mandado de prisão preventiva, após audiência de custódia.
De acordo com a Polícia Civil, durante os depoimentos, a mãe da criança apresentou três versões diferentes para o caso. “Primeiro ela disse que a criança havia tomado uma mamadeira e depois vomitado, morrendo em seguida. Na segunda versão a mulher disse que a criança havia sido atingida por um animal perto de casa. E numa terceira versão, a mãe disse que a agressão foi praticada pelo padastro”, explicou o delegado.
Sobre a investigação de participação ou não da mãe, o delegado disse precisa ouvir um novo depoimento, mas existe a suspeita de que ela tenha sido omissa. “Por isso vamos fazer todo esse levantamento e questionar também o Conselho Tutelar para saber se houve acionamento ou algum histórico de agressividade ou comportamento suspeito”, explicou Cristiano Santana.
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Mãe voltou a afirmar que a morte do filho foi causada por uma cabeçada de um cabrito perto da casa onde morava, no Agreste da Paraíba (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Outro ponto que coloca o depoimento da mãe em dúvida é que, segundo a Polícia Civil, ela informou que a criança havia sido atingida por um animal no dia anterior a morte, mas os laudos pericial e médico confirmam que a morte ocorreu depois de um impacto no abdome, que provocou uma lesão mo baço seguida de hemorragia, mostrando que seria impossível a criança resistir por todo o tempo indicado pela mãe. “É uma lesão que mata em poucos minutos”, disse o delegado.
O delegado também destacou que a mulher vai ser responsabilizada pela forma como comunicou o fato à Polícia Civil sendo divergente nos depoimentos por três vezes. Cristiano Santana também informou que, dependendo dos novos depoimentos pode pedir uma reconstituição de cena de crime.
G1PB