Marcada para esta sexta-feira (16/2), na Alemanha, a primeira sessão de julgamento de Christian Brunckner, principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, foi adiada. A medida ocorreu depois que o advogado de defesa acusou uma das juradas de emitir opiniões nas redes sociais incompatíveis com o posto.
O inesperado é que as publicações da mulher se referiam ao ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro. Em 2019, a mulher publicou no X — antigo Twitter— insultos contra o político brasileiro e chegou a pedir a morte dele. “Matem esse demônio” e “Esse
Confusão no tribunal antes do julgamento
A equipe jurídica de Bruckner criou uma confusão no tribunal. Antes que a juíza Uta Engemann desse início aos trabalhos, o advogado de defesa, Friedrich Fülscher, fez o primeiro pedido para considerar a jurada Britta Thielen-Donckel como parcial.
O argumento utilizado foi de que a mulher não tinha condições para servir como jurada, uma vez que as suas opiniões não são compatíveis com a Lei Fundamental da Alemanha.
Após 30 minutos de deliberação, o tribunal concordou que não podem ser toleradas “declarações fora do sistema legal” ou “pedidos de homicídio” e decidiu que a sessão seria adiada. A jurada será retirada do caso e terá de ser substituída, segundo o jornal alemão Bild.
A sessão será retomada na próxima sexta-feira, dia 23 de fevereiro. Estão previstos um total de 29 dias de julgamento em Braunschweig, com mais de 40 testemunhas convocadas. Sem contabilizar os atrasos e adiamentos, a previsão é que o veredito seja pronunciado em 27 de junho.
Desaparecimento
Bruckner foi indicado como principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann em 2020. A situação foi um ponto de virada nesta investigação internacional com várias reviravoltas, pistas e hipóteses falsas.