Por conta dos hematomas, o caso chamou a atenção da equipe médica do local que acionou a polícia.
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Ainda segundo a petição, a ausência do conteúdo vem “causando imenso sofrimento psicológico”.
Em plena pandemia e contrariando o próprio decreto, prefeita de Uiraúna convoca população para carreata e promove queima de fogos na cidade
A prefeita de Uiraúna, Maria Sulene Dantas Sarmento, conhecida como Leninha Romão (PP), se empolgou tanto ao saber que receberia R$ 5 milhões para a construção de um hospital na cidade, que acabou esquecendo da pandemia e do próprio decreto. A prefeita resolveu comemorar e acabou promovendo aglomeração e queima de fogos.
Em um áudio enviado pela prefeita a parlamentares do município e amigos, ela fala emocionada sobre a conquista de R$ 8 milhões em emenda parlamentar do deputado federal Wellington Roberto (PL), dos quais R$ 5 milhões serão destinados à construção de um hospital municipal. ”Vamos fazer uma queima de fogos, quero que todos venham para a minha casa, que o povo de Uiraúna precisa saber disso”, afirma a prefeita.
A queima de fogos, porém, está proibida no município, conforme decreto assinado pela própria prefeita. Além disso, a comemoração proposta pela prefeita acabou resultando em uma carreata com carro de som e aglomerações nas ruas da cidade, em plena pandemia. A maior parte das pessoas que seguiam o carro de som estava em motocicletas, todos sem capacete.
O carro de som que ia à frente tocava músicas de campanha da prefeita, além de narrar os benefícios que a cidade poderá obter com a verba conquistada.
De acordo com a 28ª avaliação do Plano Novo Normal, publicada na última segunda-feira (28), o município de Uiraúna encontra-se com a bandeira vermelha, a mais restritiva. Até esta data, quando a Secretaria de Saúde divulgou o último boletim, o município tinha confirmado 711 casos de covid-19 e 26 óbitos desde o início da pandemia.


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Após Justiça da Paraíba aceitar denúncia, Jonathan Henrique vira réu pela morte de Patrícia Roberta
Jonathan Henrique passou a ser réu nesta terça-feira (29), pela morte de Patrícia Roberta. A mudança acontece após a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa, aceitar a denúncia contra o jovem.
De acordo com a juíza, há “exposição dos fatos criminosos, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e rol de testemunhas”, para considerar a “autoria e prova da existência de crime”.
Jonathan foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de feminicídio e pela ocultação de cadáver de Patrícia Roberta. A namorada dele, Ivyna Oliveira, também havia sido indiciada por ocultação de cadáver da jovem, porém apenas Jonathan foi indiciado.
Patrícia Roberta foi encontrada morta no dia 27 de abril no bairro do Geisel, em João Pessoa. A jovem de 22 anos foi morta por asfixia por esganadura, conforme resultado do laudo da causa da morte.
Jonathan preferiu não se pronunciar no depoimento. A audiência de custódia, que foi realizada no dia 28 de abril, determinou que Jonathan fosse conduzido ao presídio do Roger, em João Pessoa, após quarentena na Central de Polícia.
CLICKPB
Polícia Civil encontra carro carbonizado no sítio Fazendinha. Veículo é objeto de latrocínio
A equipe de agentes de polícia civil da Depol de Ingá localizou um veículo carbonizado no sítio Fazendinha, localizado na divisa entre Ingá e Riachão do Bacamarte, em local de difícil acesso, em uma grota.
Cerca de 200 mil famílias têm direito a desconto de até 65% em conta de luz na Paraíba; saiba como solicitar
Orçamento limitado é a realidade da maioria dos paraibanos. São gastos com escola, água, feira, cartão de crédito e com energia. Entretanto, é possível economizar e obter desconto de até 65% na conta de luz ao se cadastrar na Tarifa Social Baixa Renda.
Aqui na Paraíba, cerca de 480 mil famílias estão cadastradas na Tarifa Social e já são beneficiadas com o desconto na conta de energia. Entretanto, outras 200 mil famílias se enquadram nos critérios, mas não recebem o benefício porque ainda não deram entrada no cadastro. Por isso, a Energisa tem intensificado a divulgação para que estes clientes procurem os postos de atendimento e passem a usufruir da tarifa reduzida.
O desconto varia de 10% a 65% na tarifa de energia elétrica. O percentual é gradativo e a apresentação na fatura do cliente é detalhada por faixa de consumo. Quanto menor o consumo, maior o desconto na conta de luz. Para famílias indígenas e quilombolas que consomem até 50kWh/mês, o abatimento é de 100%.
Confira abaixo o percentual de desconto por faixa de consumo:
- Até 30kWh por mês de consumo: 65% de desconto;
- Acima de 30kWh por mês até 100kWh por mês: 40% de desconto;
- Acima de 100kWh por mês até 220kWh por mês: 10% de desconto;
- A partir de 220kWh por mês: desconto não é aplicado.
De acordo com o gerente de Serviços Comerciais da Energisa, Felipe Costa, o benefício oferece descontos reais na conta de energia e pode fazer diferença no orçamento das famílias. “O dinheiro economizado pode ser utilizado para suprir outras despesas do orçamento familiar, como alimentação, saúde e lazer, além de movimentar o comércio e a economia locais. Por isso estamos reforçando a convocação para que mais as pessoas possam usufruir desse benefício”, explicou Felipe Costa.
Para ter direito ao benefício, basta atender a um dos requisitos abaixo:
- Ser inscrito no CadÚnico, com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoas;
- Ser idoso ou deficiente que recebe o Benefício da Prestação Continuada (BPC) com renda mensal por pessoa, inferior a um quarto do salário mínimo;
- Famílias inscritas no CadÚnico que tenha portador de doença que necessite de aparelhos ligados à energia elétrica de forma continuada, com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos;
- Famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único com renda menor ou igual a meio salário mínimo por pessoa da família ou que possuam, entre seus moradores, algum beneficiário do BPC.
Como solicitar a Tarifa Social?
Para solicitar o cadastro na Tarifa Social, basta entrar em contato com a Energisa, informando nome, CPF e RG ou documento oficial com foto; Código da unidade consumidora a ser beneficiada; número de identificação social – NIS e/ou o Código Familiar no Cadastro Único.
Mais informações podem ser obtidas pelo 0800 083 0196.
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Perda de olfato por Covid-19 pode durar um ano, indica estudo
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) — A perda de olfato que atinge alguns pacientes de Covid-19 pode persistir por ao menos um ano após o diagnóstico, mostra um acompanhamento clínico feito ao longo de 12 meses com um grupo de pessoas diagnosticadas com anosmia (perda de olfato) ou hiposmia (redução ou comprometimento).
O artigo, já revisado por pares e publicado na rede aberta do Jama (Jornal da Associação Médica Americana), é de pesquisadores das universidades de Estrasburgo (França) e McGill (de Montreal, Canadá).
O grupo avaliado começou com 97 pacientes que tiveram perda aguda do olfato por mais de 7 dias. Após 12 meses, ao menos duas pessoas ainda não haviam recuperado a função olfativa normal em testes objetivos, e outros 14 relatavam recuperação apenas parcial em questionários subjetivos.
Acompanhar a evolução desses quadros é relevante, dizem os autores do estudo, porque os efeitos de longo prazo da doença prejudicam a qualidade de vida dos pacientes. A perda de olfato foi o efeito que apareceu com mais frequência (43%) em doentes com Covid-19, de acordo com meta-análise de 215 estudos feita pela University College de Londres.
“Pessoas com anosmia estabelecida sofrem por perderem o prazer ligado à alimentação, sentem-se mais vulneráveis por não conseguirem detectar alimentos estragados ou gases prejudicais. Também são mais ansiosas, inseguras quanto à higiene pessoal e tendem ao isolamento social”, disse o médico neurologista Luciano Magalhães Melo, colunista da Folha de S.Paulo.
No cômputo geral, os pesquisadores avaliam que o prognóstico para a perda de olfato provocada pelo coronavírus é “excelente”, já que 96,1% se recuperaram objetivamente em 12 meses. A porcentagem representa um ganho de 10% sobre os que haviam se recuperado após seis meses: 85,9% dos pacientes.
Um resultado intrigante do acompanhamento clínico pode ser observado num subgrupo de cerca de metade dos pacientes, que fez tanto exames subjetivos quanto objetivos, a cada quatro meses. Uma parcela significativa deles relatou que suas funções ainda estavam prejudicadas, embora os testes psicofísicos apontassem para resultados normais.
A avaliação subjetiva era feita a partir de um questionário sobre a percepção do paciente em relação à própria capacidade de sentir cheiros. Já a objetiva foi feita a partir de exames conhecidos como testes de olfato Burghardt, que usam canetas de feltro com odores padronizados.
Na pesquisa liderada pela Universidade de Estrasburgo, os pacientes fizeram testes de limiar de odor — no qual cheiravam as canetas por alguns segundos, para avaliar o grau de percepção — e de identificação do odor — no qual deviam escolher qual de quatro alternativas era a mais precisa para o cheiro de determinada caneta.
Dos 51 pacientes que fizeram os dois tipos de exame, após os primeiros quatro meses 28 relatavam ainda não ter se recuperado, embora o exame objetivo indicasse que apenas 8 ainda possuíam as funções afetadas do ponto de vista psicofísico.
Segundo a líder da pesquisa, Marion Renaud, do departamento de otorrinolaringologia dos Hospitais Universitários de Estrasburgo, essa diferença aparece porque há pacientes que percebem a intensidade dos odores, mas se queixam de distorção dos cheiros, um distúrbio qualitativo que se chama parosmia.
“Também podemos ter pacientes que recuperaram o olfato, mas a intensidade da percepção dos odores é menor do que antes”, diz ela. Segundo Marion, alguns podiam estar perto da pontuação máxima antes de pegar Covid-19 e, depois, embora ainda tenham resultados objetivos considerados normais, estão mais próximos do limite inferior.
Os 8 pacientes com resultados alterados no exame objetivo (15,7% dos 51 iniciais) foram testados mais uma vez oito meses após o diagnóstico: nesse período, 6 haviam se recuperado, de acordo com os testes objetivos.
Dois pacientes permaneceram hipósmicos (com olfato abaixo do normal para a idade e o gênero) durante todos os 12 meses — de acordo com o relatório, um manteve limiar olfatório anormal e outro apresentou parosmia, ou seja, erro ao identificar o cheiro.
No outro grupo, de 46 pacientes que foram submetidos apenas ao questionário de avaliação subjetiva, 7 (15%) consideravam ter se recuperado totalmente após quatro meses. Outros 6 diziam ter tido recuperação parcial e 33 (61,8%) não viam recuperação.
Ao final dos 12 meses, eram 14 os ex-contaminados com Covid-19 que relatavam recuperação apenas parcial, o equivalente a 30,4% do grupo.
Os cientistas afirmam que o resultado de seu trabalho apoia achados de pesquisa animal fundamental, que usaram exames de imagem e patologia pós-morte e sugerem que a perda de olfato se dá por inflamação do sistema nervoso periférico (nervos e gânglios).
Para os autores, uma limitação do estudo é que o grupo analisado era formado principalmente de mulheres (67, ou 69% do total) e pacientes mais jovens (idade média de 38,8 anos e maioria com menos de 50 anos), dois fatores que podem propiciar uma recuperação olfatória completa mais rápida.
Segundo Renaud, a única forma já comprovada para melhorar a recuperação do olfato é a reabilitação olfativa. A técnica consiste em fazer o paciente cheirar frascos não identificados com alguns odores diferentes, como limão, canela ou eucalipto, durante dez segundos, concentrando a mente para tentar senti-los.
Depois a pessoa pode verificar embaixo do frasco se o aroma corresponde ao que sentiu e repetir a rodada outras vezes durante o dia. Como na fisioterapia, esse tratamento procura refazer o circuito de informações entre o órgão e o cérebro. Com o tempo, o paciente começa a sentir o aroma com mais força e com o frasco a distâncias maiores.
Renaud diz que, na fase aguda da perda do olfato, foi sugerido que o uso de corticosteroide por via oral poderia melhorar a recuperação. “Mas o nível de evidência para o benefício do tratamento médico de longo prazo (corticosteroide ou spray nasal de vitamina A) é baixo”, afirma.
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Foragido da Justiça de Pernambuco é preso acusado de tráfico de drogas em Campina Grande
A Polícia Militar prendeu nessa terça-feira (29), na cidade de Campina Grande, um acusado de tráfico de drogas foragido do estado de Pernambuco. O homem de 30 anos foi preso no bairro da Prata, durante rondas realizadas pela 2ª Companhia Especializada em Policiamento com Motocicletas (CEPMotos).
A PM constatou que ele estava com um mandado de prisão preventiva decretado pela Vara Única da Comarca de Cupira – PE, com validade até o ano de 2030. O preso é de Pernambuco. A Polícia deverá investigar uma possível ligação entre traficantes dos dois estados.
O preso foi apresentado na Delegacia de Polícia, em Campina Grande.
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Paraíba aguarda autorização do Ministério da Saúde para vacinar com Pfizer grávidas que tomaram 1ª dose de Astrazeneca
A Paraíba ainda vai aguardar um posicionamento do Ministério da Saúde (MS) para vacinar com Pfizer as grávidas que tomaram a primeira dose de Astrazeneca. A aplicação com esse tipo de imunizante foi suspensa, no Brasil, para gestantes em maio, por “reação adversa”. No entanto, a Secretaria Municipal do Rio de Janeiro autorizou e é a primeira capital brasileira a adotar, nesta terça-feira (29), a combinação de imunizantes.
Estudos preliminares internacionais apontam que a mistura das doses traz resultados eficazes contra o vírus. O secretário de Estado da Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, destacou sobre os estudos, que é seguro a combinação de imunizantes e frisou o posicionamento da pasta. “Vamos aguardar o Ministério da Saúde”, garante, em conversa com o ClickPB. Conforme dados do Painel de Vacinação, 9.867 gravidas se imunizaram na Paraíba, com a primeira dose, com algum tipo de vacina contra Covid-19. Ainda de acordo com o secretário, a vacinação de grávidas é tema do Fórum “Imunização em gestantes e lactantes no contexto da Covid-19”, que acontece no dia de hoje. A ideia é debater com especialistas e a sociedade científica sobre a vacinação de grávidas e puérperas no Brasil. Em maio, a Anvisa recomendou a suspensão da vacinação com doses da AstraZeneca para grávidas. A agência informou que o próprio fabricante alertou sobre uma “suspeita de evento adverso grave de AVC” que vitimou gestante e bebê.
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Governo Bolsonaro pediu propina de US$ 1 por dose de vacina, diz jornal
Em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde, uma distribuidora de vacinas alegou que foi pedido pelo governo federal uma propina de US$ 1, cerca de R$ 5, por dose, conforme apuração do jornal Folha de S. Paulo.
Luiz Paulo Dominguetti Pereira, o qual diz ser representante da empresa Davati Medical Supply, contou em entrevista à Folha que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.
O diretor mencionado por Luiz Paulo foi escolhido para o cargo pelo líder do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Procurado pelo jornal, Dias não retornou as ligações.
O governo foi procurado para negociar com a Davati 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 por cada (depois disso passou a US$ 15,5).
“O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa”, disse Dominguetti.
A negociação entre a empresa e o diretor de logística da pasta foi intermediada por Cristiano Alberto Hossri Carvalho, que se apresenta como procurador da empresa no Brasil e também aparece nas negociações com o ministério.
“Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte, a Davati. E aí ele falou: ‘Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor com o grupo’. E eu falei: ‘Mas como compor com o grupo? Que composição que seria essa?’”, contou.
“Aí ele me disse que não avançava dentro do ministério se a gente não composse com o grupo, que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo”, afirmou à Folha o representante da empresa.
O representante ainda acrescenta: ”A eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma”.
Questionado sobre os moldes do negócio, Dominguetti respondeu:”Acrescentar 1 dólar”, disse sobre a ‘forma’ para a negociação ocorrer.
“E, olha, foi uma coisa estranha porque não estava só eu, estavam ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário lá de Brasília”, ressaltou Dominguetti.
Encontro com diretor do Ministério
Dominguetti foi taxativo ao descrever que seu encontro foi exatamente com o diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.
“Claro, tenho certeza. Se pegar a telemetria do meu celular, as câmeras do shopping, do restaurante, qualquer coisa, vai ver que eu estava lá com ele e era ele mesmo”, frisou.
“Ele [Dias] ainda pegou uma taça de chope e falou: ‘Vamos aos negócios’. Desse jeito. Aí eu olhei aquilo, era surreal, né, o que estava acontecendo.”
Eu estive no ministério, com Élcio [Franco Filho, ex-secretário-executivo do ministério], com o Roberto, ofertando uma oferta legítima de vacinas, não comprou porque não quis. Eles validaram que a vacina estava disponível”, completou.
O referido jantar citado por Dominguetti teria ocorrido no dia 25 de fevereiro na véspera de uma agenda oficial com Roberto Dias no Ministério da Saúde. Nesta data, o Brasil já tinha alcançado o triste número de 250 mil mortos pela Covid-19.
“Fui levado com a proposta para o ministério e chegando lá, faltando um dia antes de eu vir embora, recebi o contato de que o Roberto Dias tinha interesse em conversar comigo sobre aquisição de vacinas”, disse.
“Quando foi umas 17h, 18h [do dia 25], meu telefone tocou. Me surpreendi que a gente ia jantar. Fui surpreendido com a ligação de que iríamos encontrar no Vasto, no shopping. Cheguei lá, foi onde conheci pessoalmente o Roberto Dias”, afirmou.
Pedido de propina
De acordo com Dominguetti, o pedido de propina feito por Roberto Dias foi recusado por ele.
“Aí eu falei que não fazia, que não tinha como, que a vacina teria que ser daquela forma mesmo, pelo preço que estava sendo ofertado, que era aquele e que a gente não fazia, que não tinha como. Aí ele falou que era para pensar direitinho e que ia colocar meu nome na agenda do ministério, que naquela noite que eu pensasse e que no outro dia iria me chamar”.
Dominguetti continuou então o relato daqueles dois dias. “Aí eu cheguei no ministério para encontrar com ele [Dias], ele me pediu as documentações. Eu disse para ele que teriam que colocar uma proposta de compra do ministério para enviar as documentações, as certificações da vacina, mas que algumas documentações da vacina eu conseguiria adiantar”, afirmou ao jornal.
Negociação
Com as dificuldades para fechar o acordo, Luiz Paulo Dominguetti revelou que Dias alegava a existência de um grupo no Ministério, o qual ele deveria agradar.
“Tinha um grupo, que tinha que atender a um grupo, que esse grupo operava dentro do ministério, e que se não agradasse esse grupo a gente não conseguiria vender”, disse Dominguetti sobre fala do diretor de logística da Saúde.
Ao ser perguntado sobre que “grupo” seria o citado por Dias, o representante respondeu: “Não sei. Não sei quem que eram os personagens. Quando ele começou com essa conversa, eu já não dei mais seguimento porque eu já sabia que o trem não era bom”.
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