segunda-feira, julho 7, 2025
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Semifinal entre Palmeiras e Atlético-MG pode ser anulada, mas dificilmente será, avaliam juristas

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Menos de 24 horas após o término da partida entre Palmeiras e Atlético-MG, válida pela semifinal da Libertadores, a Conmebol divulgou o áudio da conversa entre o árbitro Wilmar Roldán e Andrés Cunha, responsável pelo VAR, nos principais lances do jogo. E ele trouxe fatos que alimentaram uma discussão sobre a possibilidade do jogo ser decidido pelos tribunais da Conmebol.

Apesar de passar despercebido durante a transmissão, um lance em especial foi bastante discutido após a partida: o gol de empate do Palmeiras, marcado pelo atacante Dudu.

Antes de Gabriel Veron passar a bola para Dudu, o atacante Deyverson, reserva do clube paulista que estava fazendo o trabalho de aquecimento próximo a bandeirinha de escanteio, se empolgou e invadiu o gramado. A atitude não passou despercebida pela equipe de arbitragem, que apenas recomendou a aplicação de um cartão amarelo ao jogador, como forma de advertência.

“Pode advertir o jogador que está aquecendo, que comemorou o gol para a arquibancada”, disse um dos auxiliares de Roldán na gravação.

Por ter ser sido notado e mesmo assim ignorada pela equipe de arbitragem, a advogada Fernanda Soares considera que houve erro de direito, ou seja, descumprimento da regra apesar do árbitro ter ciência que ocorreu uma infração. Em casos dessa natureza partidas podem ser anuladas na Justiça Desportiva.

“Houve erro de direito. O VAR deveria ter chamado. É uma questão objetiva, não se trata de interpretação errada da regra. De fato, para que uma partida seja anulada é preciso que haja um erro de direito”, afirma a especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo.

Portanto, poderíamos dizer que há possibilidade de a partida ser anulada? Aqui vale ressaltar que apesar da polêmica, o vice-presidente do Atlético-MG, José Murilo Procópio, garantiu que o clube não levará o caso para a Justiça Desportiva.

“Deve-se considerar se esse erro foi grave o suficiente para alterar o resultado da partida. Essa é uma avaliação que o tribunal deve fazer com muita cautela, porque anular uma partida é algo que prejudica muito a competição e só deve ser feito em casos excepcionais”, ressaltou Fernanda Soares.

Victor Targino, advogado especialista em direito desportivo, diz “não ver relevância em o VAR ter citado a ação e mesmo assim ignorado, uma vez que o jogador não interferiu de forma alguma no lance”.

“Não acredito em qualquer possibilidade de anulação. Não houve qualquer tipo de interferência da ação do Deyverson. O princípio do pro-competitione, que é o norteador da tomada de decisão, não pode ser afastado”, avalia.

Segundo as regras da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), jogadas como essas são passíveis de anulação quando “o árbitro perceber” a existência de uma “pessoa extra” da equipe que fez o gol dentro de campo. Sendo assim, “o jogo deve ser reiniciado com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra estava”.

No entanto, o texto cita um ponto em que o lance pode ser validado: “se, após a marcação de um gol e após o jogo haver sido reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra estava em campo no momento em que o gol foi marcado, o gol não pode ser invalidado”.

Leia a íntegra da regra:

“9. Gol marcado com pessoa extra no campo de jogo

Se, após a marcação de um gol e antes de o jogo ser reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra se encontrava dentro do campo no momento em que o gol foi marcado:

O árbitro deve invalidar o gol se a pessoa extra era:

– jogador, jogador substituto, jogador substituído ou jogador expulso ou oficial da equipe que marcou o gol. O jogo deve ser reiniciado com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra estava;

– agente externo que interferiu no jogo, a menos que o gol haja sido marcado de acordo com a situação descrita em “pessoas extras no campo de jogo”. O jogo deve ser reiniciado com bola ao chão.

O árbitro deve validar o gol se a pessoa extra era:

jogador, jogador substituto, jogador substituído, jogador expulso ou oficial da equipe que sofreu o gol;

agente externo que não interferiu no jogo.

Em todos os casos, o árbitro deve ordenar a saída da pessoa extra do campo de jogo.

Se, após a marcação de um gol e após o jogo haver sido reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra estava em campo no momento em que o gol foi marcado, o gol não pode ser invalidado.

Se a pessoa extra ainda continuar no campo de jogo, o árbitro deve:

– interromper o jogo;

– ordenar a saída da pessoa extra;

– reiniciar o jogo com um bola ao chão ou com um tiro livre, conforme seja apropriado”

Após a repercussão, Deyverson usou as redes sociais para provocar os rivais.

“Falem o que quiser. Estamos na final. Querem procurar algo para não falarem da nossa conquista né!? Estamos na final. Piscadinha da inveja”, escreveu o jogador.

Créditos: Polêmica Paraíba

Polícia Civil de Ingá apreende em João Pessoa celular roubado no Sítio Caiçara

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Na manhã desta quinta-feira (30/09/2021), após intensas diligências, a equipe de Policiais Civis de Ingá apreendeu um dos aparelhos celular roubado na data de 11/09/2021 no Sítio Caiçara, zona de Ingá/PB, sendo esse um Motorola Moto G9. Além de recuperar o aparelho celular, os policiais civis, tendo a frente o Delegado Valdélio Lobo, fizeram a prisão em flagrante do suspeito que estava de posse do celular, tendo o mesmo sido indiciado pelo crime de receptação dolosa. O crime ora investigado foi cometido por um trio, que armados, anunciaram um assalto e subtrairam alguns objetos das vítimas. Após a equipe policial tomar conhecimento do fato já deu inicio as diligências, inclusive alguns já foram identificados e presos e um dos objetos subtraídos das vítimas foi recuperado e entregue a mesma.
Vale ressaltar a importância da denúncia anônima através do disque 197 da Polícia Civil, onde o denunciante não precisa se identificar, com isso garantindo o anonimato.

Após vistoria técnica, Estádio Almeidão é liberado para receber 4 mil torcedores no jogo do Botafogo e Ituano-SP neste sábado

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Uma vistoria técnica foi realizada na manhã desta quinta-feira (30) no Estádio Almeidão, em João Pessoa, pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária da capital e do estado, e pela equipe do Botafogo-PB para discutir a liberação do público e dos setores do estádio que serão abertos para o jogo deste sábado (2) contra o Ituano-SP. Foi decidido pelos órgãos que a partida poderá receber até 4 mil torcedores pagantes que deverão cumprir protocolos sanitários para presenciar o duelo válido pela Série C.

Segundo o presidente do time paraibano, Alexandre Cavalcanti, só poderão entrar no estádio quem estiver com o ciclo vacinal completo, ou seja, com as duas doses, sendo a segunda dose tomada há mais de 14 dias. Quem tiver tomado apenas a primeira dose, deve apresentar um teste de reagente negativo para covid-19, cabendo à própria pessoa realizar e apresentar o resultado do teste.

“Dentro do estádio, os torcedores terão que ficar a todo momento com máscara. Se retirar a máscara, ele será conduzido para fora do estádio. Não serão consumido bebidas nem alimentação na parte interna do estádio. O distanciamento é feito pelas cadeiras. Na arquibancada, vamos pedir para que os torcedores tenham essa consciência de ficarem afastados”, disse.

A fiscalização do cumprimento das normas sanitárias ficará a cargo da Vigilância Sanitária. Os ingressos já estão sendo vendidos na Belomania e no Centro de Treinamento do Contorno.

Confira os valores da primeira bilheteria:

SOL – R$ 30 / R$ 15 (estudante)

SOMBRA – R$ 60 / R$ 30 (estudante)

CADEIRA – R$ 120 / R$ 60 (estudante)

Confira a tabela detalhada das três primeiras rodadas da Série C do Campeonato Brasileiro 2021:

1ª rodada

2 de outubro (sábado)

17h – Botafogo-PB x Ituano-SP – Almeidão, João Pessoa (PB) – Grupo C

19h – Ypiranga-RS  x Tombense-MG – Colosso da Lagoa, Erechim (RS) – Grupo D

3 de outubro (domingo)

16h – Manaus-AM x Novorizontino-SP – Ismael Benigno, Manaus (AM) – Grupo D

18h – Criciúma-SC x Paysandu-PA – Heriberto Hülse, Criciúma (SC) – Grupo C

2ª rodada

9 de outubro (sábado)

17h – Tombense-MG x Manaus-AM – Antônio de Almeida, Tombos (MG) – Grupo D

19h – Novorizontino-SP x Ypiranga-RS – Jorge de Biasi, Novo Horizonte (SP) – Grupo D

10 de outubro (domingo)

16h – Paysandu-PA x Botafogo-PB – Curuzu, Belém (PA) – Grupo C

11 de outubro (segunda-feira)

20h – Ituano-SP x Criciúma-SC – Novelli Júnior, Itu (SP) – Grupo C

3ª rodada

16 de outubro (sábado)

17h – Ituano-SP x Paysandu-PA – Novelli Júnior, Itu (SP) – Grupo C

19h -Criciúma-SC x Botafogo-PB – Heriberto Hülse, Criciúma (SC) – Grupo C

17 de outubro (domingo)

18h – Manaus-AM x Ypiranga-RS – Arena da Amazônia, Manaus (AM) – Grupo D

18 de outubro (segunda-feira)

20h – Tombense-MG x Novorizontino-SP -Antônio de Almeida, Tombos (MG) – Grupo D

ClickPB

Carro da Arquidiocese da Paraíba é recuperado após vigário da Catedral ter sido vítima de refém durante assalto

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O carro da Arquidiocese da Paraíba, que foi roubado após o pároco da Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, o monsenhor Robson Bezerra de Melo, ter sido feito de refém em assalto em João Pessoa, já foi recuperado. A informação foi dada ao ClickPB, nesta quinta-feira (30).

O assalto aconteceu na última segunda-feira (27), em sua residência, no bairro de Gramame, na Zona Sul de João Pessoa. O local foi invadido por cinco homens armados que fizeram o vigário, seu irmão e sua mãe reféns.

De acordo com a Arquidiocese da Paraíba, o religioso estava acompanhando de sua mãe, um irmão e o caseiro. “Apesar do susto e dos momentos vividos, todos estão bem, sem ferimentos, sem sequelas graves do acontecido”, repassou ao ClickPB.

Dos itens roubados, o veículo, que é propriedade da Arquidiocese e tem seguro total, já foi recuperado. As polícias já estão à frente do caso. Segundo a Arquidiocese, o monsenhor Robson Bezerra agradeceu as orações, a preocupação de todos e prefere não se pronunciar sobre o assunto.

ClickPB

Caminhão com carga de frutas tomba na BR-230, próximo a Ingá, na PB

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Um caminhão com carga pesada tombou na madrugada desta quinta-feira (30), no Km 110 da BR-230, localizada no município de Ingá, na Paraíba. O automóvel transportava frutas, que foram levadas por populares.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão Volvo/FH 460 6X2T saiu da pista no sentido decrescente da via. A situação aconteceu por volta das 2h20 da madrugada.

O Corpo de Bombeiros foi ao local para realizar a lavagem da pista. De acordo com a PRF, não houve saque, mas algumas pessoas se se aglomeraram para recolher as frutas que caíram do caminhão, no canteiro central. A carga estava desacompanhada de nota fiscal.

Ainda de acordo com a PRF, até o momento não há informações detalhadas sobre o estado de saúde do condutor, que ficou ferido.

Caminhão com carga de frutas tomba na BR-230, no município de Ingá, na PB — Foto: Francisco França/Arquivo pessoal

Caminhão com carga de frutas tomba na BR-230, no município de Ingá, na PB — Foto: Francisco França/Arquivo pessoal

G1

Justiça proíbe que prefeitura do Rio de Janeiro exija passaporte da vacina contra Covid-19

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A exigência de apresentação da comprovação de vacinação contra a covid-19 para acessar locais fechados, conforme decreto da prefeitura do Rio de Janeiro, foi derrubada, nesta quarta-feira (29), por decisão liminar da Justiça. A medida é do desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça (TJ), em habeas corpus de uma pessoa que argumentou cerceamento de liberdade de locomoção.

“Na medida em que a impetrante não pode circular por esses locais sem a carteira de vacinação ou também chamado passaporte sanitário há violação à liberdade de locomoção não só dela, mas de todo e qualquer cidadão que queira circular por esses locais. A questão é a possibilidade ou não de um decreto municipal impedir a circulação de pessoas pelas ruas e estabelecimentos, sejam eles públicos e/ou privados, academias, eventos, shoppings, cinemas, teatros, lojas, piscinas, e outros estabelecimentos da cidade do Rio de Janeiro, salvo se possuírem o chamado passaporte da vacina ou passaporte sanitário”, afirmou o desembargador na decisão.

Segundo o desembargador, a exigência da comprovação da vacina se assemelha a comportamentos históricos ligados à escravidão, que remontam à tirania e à ditadura.

“Se no passado existiu a marcação a fero e fogo dos escravos e gados através do ferrete ou ferro em brasas, hoje é a carteira da vacinação que separa a sociedade. O tempo passa, mas as práticas abusivas, ilegais e retrógradas são as mesmas. A carteira de vacinação é um ato que estigmatiza as pessoas, criando uma marca depreciativa e impedindo-as de circularem pelas ruas livremente, com nítido objetivo de controle social. É uma ditadura sanitária. O decreto quer controlar as pessoas e dizer, tiranicamente, quem anda e não anda pelas ruas da idade”, sustentou o magistrado.

“Por tais razões, concedo liminar para cassar o decreto municipal número 49.335, de 26 de agosto de 2021, expedido pelo prefeito do Município do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na parte referente à proibição de circulação de pessoas pelos locais em que cita sem a carteira de vacinação, devendo ser expedido salvo conduto à impetrante”, finalizou o juiz.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, criticou a decisão e disse que a prefeitura estará ingressando na Justiça com recurso contra a medida. “Decisão lamentável, totalmente ideológica, sem levar em consideração o momento epidemiológico e a pandemia que o mundo está passando”, classificou Soranz.

 

click pb

Senado aprova projeto que flexibiliza lei de improbidade administrativa; senadores paraibanos votaram a favor

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O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (29) por 47 votos a 24 o Projeto de Lei 2.505 / 2021, que dispõe sobre sanções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa. Os senadores paraibanos Daniella Ribeiro (PP), Nilda Gondim (MDB) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB) votaram a favor da proposta que flexbiliza punição a agentes públicos no contexto da atual Lei de Improbidade Administrativa.

Uma das principais alterações é que, caso seja aprovada, a condenação pelo crime necessitará da comprovação de dolo, ou seja, da intenção de cometer irregularidade. Na lei em vigência, é permitida a condenação de agentes públicos que lesarem os cofres públicos por omissões ou atos dolosos e culposos, isto é, sem intenção de cometer crime.Como o texto alterou pontos do projeto original enviado pela Câmara, a proposta precisará voltar aos deputados para que seja analisada novamente.

 

click pb

Garimpo contra a fome: sem comida, moradores do Rio recorrem a restos de ossos e carne rejeitados por supermercados

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RIO — Pouco após as 10h, o caminhão estaciona na Glória, Zona Sul do Rio. Minutos depois, a fila se forma. É que já havia gente esperando o veículo, que recolhe ossos e pelancas de supermercados da cidade. Sensibilizados, motorista e ajudante da empresa doam ali toda terça e quinta parte do que foi recolhido.

Diante do desemprego — que ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021, atingindo 14,4 milhões de brasileiros — e da inflação galopante — que com a prévia deste mês chegou a 10,05% no acumulado em 12 meses, ultrapassando os dois dígitos pela primeira vez desde fevereiro de 2016 —, é a esperança daquelas pessoas de encontrarem um pedaço de carne para matar a fome.

Uma vez por semana, a desempregada Vanessa Avelino de Souza, de 48 anos, que mora nas ruas do Rio, caminha até o ponto de distribuição. Com paciência, separa pelanca por pelanca, osso por osso em busca de algo melhor para pôr na sacola.

— A gente limpa e separa o resto de carne. Com o osso, fazemos sopa, colocamos no arroz, no feijão… Depois de fritar, guardamos a gordura e usamos para fazer a comida — explica Vanessa, que lamenta não conviver com os cinco filhos.— Não tenho como cuidar deles. Por isso, eles são criados pela minha mãe. Não temos quase nada. O que temos é de doações. Lá, pelo menos, eles têm um pouco de dignidade.

Na fila da fome, Vanessa não está só. Outras mulheres, homens e jovens se amontoam em busca do restolho da carne e dos ossos. A pobreza extrema, que leva pessoas a garimpar restos, foi acentuada no Brasil durante a pandemia de Covid-19.

Levantamento da Rede Brasileira de Pesquisas em Segurança Alimentar e Nutricional mostrou que mais de 116,8 milhões de pessoas vivem hoje sem acesso pleno e permanente a alimentos. Dessas, 19,1 milhões (9% da população) passam fome, vivendo “quadro de insegurança alimentar grave”.

Os números revelam um aumento de 54% no número de pessoas que sofrem com a escassez de alimentos se comparado a 2018.

Mãe de 5 e avó de 12, Denise da Silva, de 51 anos, ficou viúva recentemente. Agora, está sozinha na luta para alimentar a família. Duas vezes por semana, sai de São João de Meriti, na Baixada, onde mora, em busca das pelancas. De trem, percorre quase 33km até a Central. Sem poder pagar outra passagem, caminha outros 3km até a Glória.

— Não vejo um pedaço de carne há muito tempo, desde que a pandemia começou. Esse osso é a nossa mistura. Levamos para casa e fazemos para os meninos comerem. Sou muito grata por ter isso aqui — conta.

Irmã de Denise, a desempregada Sheila Fernandes da Silva, de 43 anos, também busca restos de carne. Ela mora numa ocupação no Centro do Rio e divide o que recolhe com o filho, que também não tem emprego. Dá apenas para dois dias: — Você não sabe a alegria quando o caminhão chega aqui. É a certeza que teremos algo diferente para dois dias.

A fome nossa de cada dia, triste rotina

Karlinca de Jesus, de 48 anos, é capixaba. Na esperança de dias melhores, veio para o Rio em 2018. Mas o sonho não se realizou e hoje ela vive com o companheiro na rua, no entorno do Monumento aos Pracinhas, no Aterro, perto de onde o caminhão da pelanca estaciona: — Pego aqui há uns seis meses às terças. É uma ajuda e tanto! Pego, levo e salgo. Durante a semana, vou fazendo para a gente. Na rua é tudo muito difícil. Várias vezes, a gente passa fome.

Luis Vander, de 39 anos, que mora nas calçadas da Glória, pega a sua parte enquanto ajuda a organizar a entrega. — Acho que umas dez pessoas comem do que levo — conta. Ontem, cerca de 12 pessoas recolhiam os ossos quando chegou Adailton da Silva, de 33 anos, com seu carrinho de mão. Era sua primeira vez. Os mais experientes o ajudaram a retirar sua parte: — Um rapaz me disse que aqui eles doam osso. Vou tentar tirar um pouco dessa carne e fritar. O restou vou fazer gordura. O óleo está muito caro.

“Pediam para o cachorro. Hoje, é para comer”

Nascido em Além Paraíba, interior de Minas Gerais, o motorista do caminhão, José Divino Santos, de 63 anos, conta que, nos últimos meses, aumentou o número pessoas pedindo ossos e restos de cebo.

— Tem dias que chego aqui e tenho vontade de chorar. Um país tão rico não pode estar assim. É muito triste as pessoas passarem por essa situação. O meu coração dói. Antes, as pessoas passavam aqui e pediam um pedaço de osso para dar para os cachorros. Hoje, elas imploraram por um pouco de ossada para fazer comida. Duas ou três pessoas em situação de rua passavam aqui e levavam. Hoje, tem dia que tem umas 15 pessoas — narra José

Ele lembra ainda que os restos seguem para uma fábrica no bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu. Lá, parte do material vira ração para animais e a outra — a gordura — é utilizada para fazer sabão em barra. — Às vezes, está meio estragado, a gente fala, mas as pessoas querem assim mesmo — conta sem conter as

Vanessa Avelino, 48 anos, também mora nas ruas do Rio e caminha até o ponto de distribuição, onde separa pelanca por pelanca, osso por osso em busca de algo melhor para pôr na sacola Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Pesquisa mostra que mais de 116,8 milhões de pessoas vivem hoje sem acesso pleno e permanente a alimentos Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Pobreza extrema que leva pessoas a garimpar restos foi acentuada no Brasil durante a pandemia de Covid-19 Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

 

Diante do desemprego e da inflação galopante, pelanca vira esperança de alimento para famílias que buscam com o que matar a fome Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

População seleciona porções do que restou da carne dos mercados Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Caminhão de pelanca. Cerca de 19,1 milhões de pessoas vivem quadro de insegurança alimentar grave. Aumento no número de pessoas que sofrem com a escassez de alimentos é de 54% se comparado a 2018 Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Fila da fome. Pessoas em situação de rua disputam restor de carne em caminhão. Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

No estado do Rio, 12% da população vivem com renda entre R$ 89 e R$ 178 Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

 

CLICK PB.

Juízes paraibanos aumentam produtividade em 33,9% e número de processos arquivados é quase o dobro de novas ações

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Mesmo em meio à crise sanitária, agravando as limitações na execução das atividades presenciais, no ano de 2020, o Poder Judiciário Paraibano melhorou de forma significativa a prestação jurisdicional. Com a adoção de inovações tecnológicas e com a digitalização dos processos físicos, o Tribunal de Justiça da Paraíba conseguiu arquivar mais processos, do que os distribuídos. Foram 179 feitos concluídos, para cada 100 novas ações distribuídas, reduzindo, deste modo, o quantitativo de processos em tramitação.

Esse resultado implicou no aumento do percentual do Índice de Atendimento à Demanda (IAD), comparado ao ano de 2019, que foi de 108%, aumentando, ano passado, para 179%, apresentando, desta forma, uma variação positiva de 65,74%, conforme dados do Relatório do Justiça em Números 2021.

Houve, igualmente, um aumento de 28,63% no número de casos julgados entre 2019 e 2020. Isto significa que mais processos foram apreciados no ano de 2020, apontando um total de 255.875 feitos sentenciados, enquanto que no ano anterior, foi registrado 198.923 demandas julgadas. Ainda comparando com o ano de 2019, o Índice de Produtividade do Magistrado (IPM) cresceu 33,9%, em 2020, demonstrando que a Justiça estadual aumentou sua produtividade, mesmo diante do quadro da pandemia.

O indicador processos julgados por magistrados apresentou um crescimento relevante. Neste item, o levantamento registra que, no ano de 2019 foram totalizadas 710 sentenças prolatadas. Já ano passado, esse quantitativo passou para 969 casos com resoluções, denotando que a produtividade individual dos magistrados do TJPB cresceu 33,43%, dentro de um ano.

Com índices positivos e crescentes de produtividade, o Poder Judiciário estadual reafirma a posição de ofertar uma prestação jurisdicional com eficiência e qualidade

 

click pb

UniBTA: Instituição de ensino superior em construção em Ingá recebe visita e apoio de prefeitos da região e deputado

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Nesta manhã de quarta-feira (29) prefeitos da região foram recebidos pela direção da UniBTa no ponto de apoio do canteiro de obras, que está instalado no loteamento Tarcísio Burity, próximo ao Hotel Cruzeiro, entroncamento da BR 230 que liga as cidades de Ingá, Serra Redonda, Riachão do Bacamarte, Juarez Távora e Itatuba, além das duas principais cidades do estado, João Pessoa e Campina Grande.

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