Após impressionar os brasileiros ao levar o tio morto para sacar um empréstimo no banco, o caso de Erika de Sousa Vieira Nunes virou notícia internacional. A mulher foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver e estampou um tablóide britânico sendo comparada a um filme.
O Daily Star ligou o caso, que aconteceu na zona oeste do Rio de Janeiro, ao filme Um Morto Muito Louco. Na produção de 1989, dois amigos passam um fim de semana acompanhados de um cadáver após descobrirem uma fraude de US$ 2 milhões e chegam a “obrigá-lo” a assinar um documento, assim como houve a tentativa no Brasil.
“Um Morto Muito Louco da vida real! Mulher leva ‘tio’ morto ao banco para assinar o empréstimo, alegando que ele simplesmente ‘nunca fala’”, diz o texto da manchete. O tablóide ainda explica que nas imagens é possível ver que ela tenta, constantemente, manter a cabeça do homem ereta e que conversava com o cadáver.
O caso também virou notícia em outros sites internacionais, como Daily Mail, The Mirror, LeParisien e La Nación.
Mulher leva cadáver para sacar R$ 17 mil em banco, no Rio
Uma mulher levou o corpo de um idoso a uma agência bancária de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, para tentar fazer empréstimo de R$ 17 mil em nome dele. Ela foi presa após funcionários da instituição financeira suspeitarem do caso.
Érika de Souza Vieira Nunes levou Paulo Roberto Braga, de 68 anos, que seria tio dela, até a agência bancária. Lá, os funcionários suspeitaram do caso e resolveram filmar a situação.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que o idoso estava morto há algumas horas. O caso é investigado pela Polícia Civil. As informações são do G1.
Na delegacia, Érika afirmou aos policiais ser cuidadora do homem, que seria tio dela. Nas imagens gravadas pelos funcionários do banco, ela aparece segurando a cabeça de Paulo.
Em determinado momento, a mulher simula conversar com o idoso. “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço”, diz ela.
Durante o atendimento, a mulher ainda reclama do idoso, que estaria lhe dando “dor de cabeça”. “Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais”, diz.
Estranhando a situação, uma atendente do banco afirma: “Acho que ele não está bem”. Então, a mulher questiona se o homem gostaria de ir para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Ele não diz nada, ele é assim mesmo. Tio, você quer ir para o UPA de novo?”
A polícia investiga o crime de furto mediante fraude ou estelionato. Imagens de segurança serão checadas para verificar se outras pessoas participaram da ação. O Instituto Médico Legal (IML), para onde o corpo foi levado, deve ajudar a esclarecer o caso.
Metrópoles