Germanie Paul, de 29 anos, morava no Brasil há quatro anos. Há aproximadamente um ano e meio, começou a trabalhar no estabelecimento onde acabou sendo assassinada. Polícia Civil investiga o crime.
Antes do velório de Germanie Paul, de 29 anos, um grupo de haitianos esteve reunido neste domingo (11) para consolar familiares. A mulher, que vivia no Brasil há quatro anos com o companheiro e a sogra, foi morta enquanto trabalhava em um motelna madrugada de sábado (10), em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Abalado, o marido aceitou conceder entrevista à RBS TV sem ser identificado.
“Eu que sempre fui lá ficar com ela como segurança. E nesse dia em que ela foi trabalhar, minha mãe não estava aqui, e as crianças iam ficar aqui. Quando eu vi minha esposa não entrar em casa, eu peguei meu carro, eu fui lá no trabalho dela”, relata o marido.
“Espero justiça para ela, só isso”, acrescenta.
Germanie Paul trabalhava como recepcionista do motel — Foto: Reprodução/RBS TV
Germanie deixa dois filhos. A comunidade haitiana está revoltada porque a família só ficou sabendo do assassinato horas depois e pelo noticiário.
“Faleceu um funcionário, tem que avisar o marido, familiar da pessoa, e não avisou. Ele teve que ir até lá para descobrir o que estava acontecendo e, quando chegou, nem viu o corpo da mulher dele, que já tinha sido levado para o IML [Instituto Médico Legal]“, reclama a estudante Jan Roosevelt Dasney.
A mulher trabalhava como recepcionista no motel há aproximadamente um ano e meio.
“O motel está funcionando sem segurança, né? A mulher trabalhava sozinha, uma mulher, uma mulher trabalhando sozinha de noite… Imagina”, observa o auxiliar metalúrgico Fred Blando.
Polícia investiga
A polícia está analisando imagens de câmeras de segurança para tentar entender em que circunstâncias Germanie foi assassinada. Já se sabe que o principal suspeito chegou às 21h de sexta-feira ao local e teria cometido crime por volta das 5h da madrugada de sábado.
As imagens não foram divulgadas pela polícia, mas mostram que o homem conversou diversas vezes com haitiana na administração do motel e que ela esteve três vezes no quarto com ele. Na terceira vez, foi morta. A polícia acredita que ela tenha sido asfixiada.
Depois do assassinato, o homem roubou o dinheiro do caixa e o celular da vítima. A polícia acredita se tratar de um latrocínio e tenta identificar o suspeito, que fugiu do local.
G1