quarta-feira, maio 1, 2024
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Laudos descartam que família de PMs tenha sido dopada em SP

O laudo dos peritos sobre a morte da família de policiais militares na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, mostra que as vítimas não foram dopadas antes dos assassinatos, informou o SPTV nesta terça-feira (27). A polícia suspeitava que o garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, tivesse dado algum remédio para o pai, a mãe, a avó e a tia-avó antes dos assassinatos, o que os exames descartaram. Ele segue como principal suspeito das mortes.

Uma reunião nesta segunda-feira (26) teve a participação de legistas, peritos, delegados e policiais envolvidos na investigação. O comando da Polícia Militar também estava presente. Pelos exames e laudos, fica comprovado que o rapaz matou primeiro o pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, depois a mãe, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, em seguida a avó Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e por último a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos.

Os crimes foram todos cometidos por volta de 0h30 de 5 de agosto. Um tiro foi encontrado na parede do quarto da tia-avó. E a perícia constatou que Marcelo disparou o tiro porque a tia acordou depois que ouviu disparo que matou a avó. O garoto se assustou e deu dois tiros: um que matou Bernardete e outro que pegou na parede.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deverá ouvir nesta terça-feira (27) mais dois policiais militares que trabalhavam com a cabo Andreia. Nesta segunda-feira (26), dois outros colegas de trabalho da mãe do garoto estiveram no DHPP, no Centro.

A polícia já ouviu 41 testemunhas, entre elas colegas de escola de Marcelo que contaram que o garoto dizia querer ser matador de aluguel. Ainda segundo os amigos, o adolescente confidenciou que tinha matado os pais. Dois amigos de Marcelo que já foram ouvidos pela Polícia Civil devem ser interrogados novamente. Eles disseram à polícia que Marcelo afirmava se sentir sozinho.

Os investigadores devem ter acesso essa semana aos documentos da quebra do sigilo telefônico da família, o que pode ajudar a polícia a determinar quem mais deve ser ouvido sobre o caso.

Quatro mortes em dez minutos
Segundo Arles Gonçalves Júnior, presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), que acompanha as investigações, Marcelo Pesseghini teria demorado cerca de dez minutos para cometer os crimes. Outras autoridades que participam da apuração confirmaram ao G1 que o assassino da família Pesseghini teria demorado cerca de dez minutos para efetuar as quatro mortes.

“Estive na casa com a perícia do Instituto de Criminalística durante a reprodução simulada dos tiros. Pelo que conversamos e pude verificar, o assassino matou a família em cerca de dez minutos”, disse o representante da OAB. “As testemunhas disseram que os primeiros disparos foram ouvidos por volta de 0h20 do dia 5 e os últimos, perto da 0h30”.

Pedro Marinho

 

 

 

 

 

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